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1500
O início: Período colonial
No início do Brasil Colônia, os Jesuítas foram os responsáveis por ensinar as línguas grego e latim (que era considerada a língua culta) para os povos indígenas. Esta educação tinha como objetivo facilitar a dominação destes povos e expandir a fé católica. -
1581
A União Ibérica
Durante a União Ibérica (1581-1640), cresce a crença entre os espanhóis que os Jesuítas eram responsáveis pela resistência dos povos nativos ao domínio Europeu e aos acordos feitos entre Espanha e Portugal -
Expulsão dos Jesuítas
Portugal e Espanha fechavam o acordo do Tratado de Madri, que dividia as colônias dos dois países. Por acreditarem que os Jesuítas contribuíam para que os nativos não respeitassem os limites, os espanhóis os expulsaram do território Português. -
Marquês de Pombal
Marquês de Pombal declarava que era dever do Estado contratar professores não-religiosos. O latim e o grego continuavam a manter sua importância, vistos como fundamentais para o desenvolvimento do pensamento e da literatura. -
A família real
A família real Portuguesa desembarca no Brasil. -
Novo decreto
Com o objetivo de facilitar as operações de comércio do Brasil com os mais economicamente importantes países da Europa, D. João VI decreta a criação de cadeiras de Inglês e Francês. Percebe-se, portanto, que relações políticas e culturais sempre foram um aspecto importante ao decidir quais línguas deveriam ser ensinadas. -
O Colégio
Funda-se o colégio Pedro II, que por quase um século seria referência acadêmica pois se inspirava nos moldes franceses; que eram os ideais para a época. Sua grade contava com alguns anos de Francês, Inglês, e Alemão. -
Imigração
No começo do século XX, o Brasil precisava de mão de obra e a Europa passava por diversas crises e guerras. Assim, o governo brasileiro incentivou a imigração, recebendo pessoas de vários países. Essas pessoas tinham o português como segunda língua e ensinavam sua cultura materna a seus filhos. Entre outros, o Brasil - principalmente a região sul - recebeu alemães, italianos, japoneses e russos. -
Uma base
Saussure publica sua obra Cours de linguistique génerale, que serviria de base para o ensino de línguas através da corrente do estruturalismo. A língua era vista como um conjunto de regras, e o ensino do aluno era focado na gramática e na escrita. -
Nacionalismo
Com movimentos nacionalistas ganhando força no Brasil, o governo federal resolve fechar todas as escolas bilíngues e estrangeiras que haviam sido feitas pelos imigrantes para tentar solidificar ideais nacionalistas brasileiros. -
Reforma
O então presidente Getúlio Vargas instaura a reforma na educação intitulada Francisco de Campos. Essa reforma dizia que as línguas estrangeiras deveriam ser ensinadas pelo Método Direto: prioridade ao ensino oral e da escuta da língua, com a gramática agora em segundo plano, ao contrário do Método Tradicional previamente em rigor. -
Mais uma língua
O Italiano passa a fazer parte do currículo do colégio Pedro II. No mesmo ano, ele passa a adotar o Método Direto de ensino, que focava na parte oral primeiro, e depois na gramática; e usava a própria língua para ensiná-la. -
1940
Os Estados Unidos solidificavam sua presença no cenário mundial, e com isso o inglês continuava a conquistar seu espaço. O Brasil dependia dos EUA economicamente, e o país sofreu uma influência cultural dos norte americanos que vinham para cá a trabalho. -
Mais reformas
O Brasil continuava com movimentos patrióticos, inclusive na educação. A Reforma de Capanema atrelava a todos os ensinos uma visão nacionalista por excelência. O francês continuava com mais destaque que o inglês, o espanhol passou a ser ofertado para quem preferisse ele ao alemão, e o latim ainda preservava seu status de língua clássica. O Método direto continuava, embora não fosse mais o foco da nova reforma. -
Ministério
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) passa a ser responsável pela educação no país. A língua estrangeira começa ser vista como uma ferramenta para que o aluno conhecesse culturas estrangeiras. Com isso, o Espanhol deixa de ser matéria restrita e passa a ser permitido de forma oficial. -
Inovações
A década de 50 foi tomada de mudanças e inovações no campo do ensino da língua estrangeira. Psicólogos como Skinner e Pavlov formaram as bases para que novos métodos fossem desenvolvidos pelos linguistas. Entre eles, o método audio-oral, que acreditava que o ser humano pode aprender uma nova língua por repetição, e o audio visual, que usava tecnologias visuais para ajudar no ensino. -
Chomsky
Os estudos de Chomsky revolucionam a forma como a língua era vista e ensinada. A língua passa a ser entendida como algo dinâmico e vivo, não meras repetições a serem memorizadas. -
Nova lei
Ocorre a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O ensino de línguas estrangeiras deixa de ser obrigatório, o latim sai do currículo com a perda de importância através dos séculos, o francês é reduzido, porém o inglês continua ganhando força por causa da importância cultural e financeira dos EUA no quadro mundial. A carga horária de línguas estrangeiras, entretanto, foi reduzida. -
Sob os militares
Depois do golpe militar e do país ser tomado pelo nacionalismo, línguas estrangeiras foram vistas como instrumentos de doutrinação estrangeira e foram, portanto, desencorajadas de fazer parte do currículo escolar. As classes mais altas passaram a ser as únicas com acesso a esse ensino. -
25 Anos Depois
Mesmo com o fim da ditadura, ainda demorariam 25 anos para que uma nova lei sobre o ensino de línguas estrangeiras fosse adotada no país. O ensino de pelo menos uma LE passou a ser obrigatório a partir da quinta série do fundamental e no ensino médio; ficando a cargo da escola qual seria essa. -
Finalmente, o espanhol
Pouco mais de uma década atrás, a lei de número 11.161 passa a dispor o ensino da língua espanhola nas séries de educação básica. O prazo para implementação foi até 2010.