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1400 BCE
Egito Antigo
No Antigo Egito, acreditava-se que os surdos podiam se comunicar com os deuses e levar anseios e preces. Tratados apenas como uma espécie de oráculos, eram anulados de quaisquer atividades e também proibidos de obter educação. -
800 BCE
Grécia Antiga
Diferente dos egípcios e principalmente fundamentado no pensamento de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), os gregos acreditavam que ao nascer surdo, alguém também não pensa e, consequentemente não sente, sendo assim, sem utilidade alguma para participar da vida em sociedade. Era propagada e aceita a ideia de extermínio de pessoas surdas e com deficiência. -
400
Santo Agostinho
Nos primórdios da Idade Média, Santo Agostinho (354-430) e também a Igreja, acreditava que os surdos defendiam o pensamento de que pais de pessoas surdas estivessem pagando algum pecado divino e que estas pessoas não possuíam uma alma imortal, já que eram incapazes de pronunciar sacramentos. -
Period: 476 to 1453
Idade Média
Por toda a Idade Média, no sistema de heranças, os primeiros filhos homens das famílias ricas seriam destinados a virarem padres e o dinheiro era destinado à Igreja. Filhos surdos além de serem proibidos de receberem a herança, ela também era destinada à Igreja. Começa a partir daí uma preocupação maior com o dinheiro e passa a se pensar na possibilidade de educar os filhos surdos, culminando justamente no despontamento de alguns educadores na época. -
1560
Pedro Ponce de León
Um dos primeiros educadores de surdos, o espanhol e monge beneditino Ponce de León (1520-1584) educou quatro filhos da nobreza, ensinando-os a falar grego, latim, italiano e ensinou conceitos de astronomia e física. Desenvolveu uma metodologia consistente em datilologia, escrita, oralização e criou também uma escola de professores para surdos. -
Period: to
Século XVIII
Considera-se o século XVIII como o mais fértil da educação de surdos, devido ao grande impulso quantitativo (identificado com o aumento de escolas) e quantitativo (as diferentes situações em que os surdos poderiam alcançar). Marca também o início da saída da negligência e o trabalho na formação da emancipação da comunidade surda. -
Charles Michel de l'Épée
O francês l'Épée (1712-1789) surge como influência bastante significativa na educação de surdos após se aproximar da comunidade surda que vivia pelas ruas de Paris e aprende com eles a língua de sinais. Criou os sinais metódicos, combinação entre a língua de sinais e a gramática sinalizada francesa. Transformou sua casa na primeira escola para surdos no mundo e acreditava que todos deveriam ter acesso a uma educação de qualidade e também pública, independente de classe social. -
Samuel Heinicke
Também em 1750, o alemão Heinicke (1727-1790) surgia com os primeiros pensamentos a respeito da filosofia educacional Oralista, com o uso da língua oral e de rejeição da língua de sinais. Samuel defendia que a língua de sinais inibia o progresso dos surdos para aprender a linguagem falada e que apenas falando os surdos poderiam ter participações e posições na sociedade. -
Thomas Gallaudet
em 1815, um professor estadunidense interessado na educação de surdos parte para Europa para aprender. em 1817, junto com um pupilo de l'Épée, Laurent Clerc, forma a primeira escola para surdos nos EUA, utilizando como método um francês sinalizado adaptado para o inglês, surgindo assim um método de base para a filosofia da Comunicação Total. Em decorrência da elevação da escolarização dos surdos, em 1864 foi fundada a primeira universidade nacional para surdos, levando o sobrenome de Gallaudet. -
BRASIL
É fundada em 1857 a primeira escola para surdos do Brasil, no Rio de Janeiro, por D. Pedro II, pedindo também a vinda de um professor estrangeiro. Aluno do Instituto Nacional de Paris, E. Huet (1822-1882) trouxe também a língua de sinais francesa. Inicialmente chamado de Imperial Instituto de Surdo-Mudos, posteriormente teve seu nome alterado para Instituto Nacional de Educação de Surdos. Por ser a única instituição especializada, o INES recebia alunos de todo o país e também de países ao redor. -
Congresso de Milão
Ocorrido em 1880, foi em Milão que foi posto em pauta qual método deveria ser veementemente utilizado na educação de surdos. Com apoio massivo de A. Graham Bell, o Oralismo venceu, tornando a utilização da língua de sinais proibida e impactando a educação de surdos por quase cem anos. -
INES
Em 1911, o INES recebeu e introduziu o Oralismo em todas as suas disciplinas, porém com resistência a língua de sinais persistiu ainda até 1957. Nos anos 70 chega a Comunicação Total e na década seguinte começa oficialmente o bilinguismo no Brasil. Atualmente se utilizam três abordagens da língua de sinais no país, a Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros (LSCB), Língua de Sinais Kaapor Brasileira (LSKB), utilizada por índígenas no Maranhão e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). -
Lei 10.436
em 24 de abril de 2002, sancionada a Lei 10.436, conhecida como Lei de Libras, reconhecendo a Libras como língua oficial da comunidade de surdos no Brasil. -
Decreto nº 5626 de 2005
Por decreto, se estabelece a organização da educação bilíngue no Brasil para surdos e passa a ser obrigatória a disciplina de Libras em todas as Licenciaturas e também nos cursos de Fonoaudiologia. -
Lei 12.319
Em 1º de setembro de 2010, pela Lei 12.319, é regulamentada a profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais. -
Lei 13.146
Pela Lei Brasileira de Inclusão, em 6 de julho de 2015 vigora o Estatuto da Pessoa com Deficiência, entendendo que toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.