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Tenentismo
Nos anos de 1920, as oligarquias continuavam a usar a violência e a corrupção para governarem o Brasil.
Essa situação opressiva gerou várias revoltas, dentre elas o tenentismo.
O tenentismo foi um movimento, comandado por militares, que expressou o descontentamento com o tratamento que as oligarquias davam as forças armadas. -
Revolta tenentista
Com a publicação de certas cartas, atribuídas ao candidato a presidente Arthur Bernardes, que ofendiam os militares, chamando-os de venais (corruptos) e, também xingavam o presidente do Clube Militar, os tenentes se revoltaram.
Em 5 de julho de 1922, os tenentes de Copacabana pegaram em armas dispostos a defender a honra do Exército. O governo interveio e obrigou-os a se render, centenas o fizeram; porém, dezessete militares e um civil estavam dispostos a tudo. Só dois deles escaparam com vida. -
O outro levante tenentista
Dois anos depois da primeira revolta tenentista, outro levante explodiu, desta vez em São Paulo. Esse levante, porém, tinha objetivos bem definidos: a deposição de Arthur Bernardes, o voto secreto, a obrigatoriedade do ensino primário, a melhoria do ensino público.
Infelizmente os tenentes foram vencidos. Mas, eles não desistiram: formaram a coluna paulista e deixaram SP e foram para Foz do Iguaçu. Os rebeldes gaúchos fizeram o mesmo, e da junção deles criou-se a Coluna Prestes. -
A coluna Prestes
A Coluna Prestes movimentou-se por grande parte do país, buscando apoio da população contra o governo.
No início de 1927, os 600 homens que sobraram refugiaram-se na Bolívia. -
Period: to
Primeiro Governo Vargas
1930-1934: Vargas foi chefe do governo provisório.
1934-1937: Presidente eleito por voto indireto.
1937-1945: Ditador -
Getúlio no poder
Em 1930, ocorreram as eleições para presidente da república. Os principais candidatos eram o paulista Julio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas. Os dois lados usaram a fraude e a violência para seu sucesso; Getúlio obteve quase 100% dos votos, porém quem foi eleito foi Prestes (por causa do apoio de oligarquias).
A oposição não se conformou e começou a planejar o golpe.
Em 3 de Outubro de 1930, uma junta militar derrubou o poder e o entregou a Getúlio, agora o novo presidente. -
Governo Provisório
No começo de seu governo, Vargas procurou enfraquecer as oligarquias e se fortalecer: por isso afastou os governadores e nomeou nomes de sua confiança. -
Os Integralistas
Eram liderados pelo escritor Plínio Salgado e seguiam os princípios fascistas de Benito Mussolini.
Em 1932, formaram a Ação Integralista Brasileira (AIB).
Eles defendiam:
-um governo autoritário
-predomínio da vontade da Nação em relação a vontade do indivíduo
-censura dos meios de comunicação.
Além disso, eles usavam a violência contra seus adversários, principalmente os comunistas. -
A oposição paulista
Ao impor interventores aos estados, Getúlio desagradou as elites paulistas. Que reagiram formando uma frente e exigindo um interventor paulista para SP e uma nova constituição. Pressionado Vargas nomeou um paulista; porém os paulistas continuaram fazendo oposição a ele.
Certa tragédia em SP: 4 jovens mortos ao tentarem atacar um jornal pró-Vargas, que tiveram seus nomes com sigla do movimento paulista, exaltou os paulistas. -
A Revolução Constitucionalista ou Guerra Paulista
Aquele incidente foi o estopim para uma guerra civil no Brasil: Guerra Paulista, na qual paulistas partiram contra o governo de Getúlio, na tentativa de depô-lo.
O movimento foi vencido pelo governo. Os paulistas eram militarmente vencidos, mas se consideravam moralmente vitoriosos: pois o governo convocou uma assembleia e em 16 de julho de 1934 aprovou uma terceira Constituição do Brasil. -
A Nova Constituição
Principais mudanças introduzidas pela nova constituição de 1934:
-voto secreto
-voto feminino
-justiça eleitoral
-ensino primário gratuito
-nacionalização progressiva
-criação da Justiça do Trabalho
-direitos trabalhistas (jornada de trabalho de 8 horas, descanço semanal remunerado, indenização por dispensa sem causa justa, férias, estabilidade a gestante, etc). -
Os Aliancistas
Como oposição aos Integralistas, fundou-se, no Brasil, em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente popular comunista, chefiada por Luís Carlos Prestes.
Seus principais pontos eram:
-não pagar as dívidas externas do Brasil
-nacionalização de empresas estrangeiras
-reforma agrária
-formação de um governo popular -
O Levante Comunista
Em 5 de Julho de 1935, o líder Comunista Luís Carlos Prestes lançou um manifesto propondo a derrubada do governo Vargas. Em resposta, Getúlio mandou fechar a sede da ANL, e a maioria dos núcleos que ela possuía.
Diante disso, sem esperar a ordem de su líder (Prestes), um grupo de militares de baixa patente e comunista deu início a Intentona Comunista. Esse levante foi rapidamente sufocado e o governo Vargas passou a torturar e prender seus participantes. -
O Estado Novo
Em 10 de novembro de 1927, Vargas deu um golpe e implantou uma ditadura, conhecida como Estado Novo. Nesse mesmo dia ele fechou o Congresso e impôs ao país uma nova constituição: que o permitia governar por leis impostas. As eleições foram suspensas e as greves proibidas.
Vargas iniciou seu governo decretando a extinção de todos os partidos políticos. -
Economia
Durante a Primeira República, a agricultura ocupou o principal papel na economia nacional, já na Era Vargas, a indústria assumiu a posição.
A industrialização no Brasil se deve, em parte a Guerra Mundial e a Grande Depressão, pois o Brasil se viu forçado a fabricar o que antes importava.
Esse crescimento também se deve a uma série de medidas tomadas pelo governo, dentre elas: empréstimos a indústrias com juros reduzidos, diminuição dos impostos sobre bens e equipamentos industriais... -
O Plano Cohen
As eleições para presidente estavam previstas para 1938, porém como Vargas não queria deixar o poder, ele anunciou no rádio que havia descoberto o Plano Cohen, e dizia que os comunistas iriam organizar greves, incêndios e o assassinato do presidente.
O Plano Cohen era uma mentira, mas serviu de pretexto para Vargas dar um golpe e implantar um ditadura: o Estado Novo. -
DIP
O DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda) foi um órgão criado em 1939 pelo governo Vargas e subordinado a este.
O DIP era responsável por fazer propagandas sobre Getúlio, a fim de transforma-lo em um mito e também esse órgão exercia severa censura sobre os meios de comunicação, e não aceitava que fizessem críticas ao governo. -
Trabalhadores do Brasil
O Estado Novo pode ser considerado, como que uma colmeia. Porque, em uma colmeia há a abelha rainha (Getúlio) que nunca é criticada nem duvidada por parte dos zangões (trabalhadores). Os zangões estão sempre em ordem, disciplina e trabalhando para o bem da colmeia. -
Fim do Estado Novo
A participação do Brasil na Segunda Guerra, contribuiu para o aumento das críticas ao Estado Novo: já que o Brasil estava lutando contra ditaduras e ao mesmo tempo vivia uma; era necessário, também, combater a ditadura interna.
Para não perder popularidade, Vargas anistiou presos políticos, liberou a atividade partidária e marcou eleições para o fim daquele ano.
Nessas eleições ele iria ser candidato junto com um militar; e vendo que iriam perder, os militares forçaram Getúlio a renunciar.