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Morte de Getúlio Vargas
Mesmo sendo populista, haviam pessoas no alto escalão colocando pressão na forma de governar de Getúlio, este que cometeu suicídio e deixou tanto uma carta testemunho, quanto sua influência política e social viva, evitando a possessão imediata do poder pelo seus opositores. -
JK eleito
Juscelino Kubitschek foi um dos presidentes do Brasil visto como progressista. Além de Vargas (que havia realizado uma forte industrialização e modernização), JK também atrelado a isso, tinha um lema de progredir cinquenta anos em cinco. Tinha um forte otimismo em relação ao país e um de seus atos foi mudar a capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília.
Existia uma coligação entre o PTB( Partido Trabalhista Brasileiro, partido do Getúlio) e seu partido PSD (Partido Social Democrático). -
IBAD- Instituto Brasileiro de Ação Democrática
Fundado por Ivan Hasslocher com a finalidade de combater o comunismo e melhorar a economia do país, o instituto recebeu contribuições de empresários brasileiros e estrangeiros que estavam incomodados com o governo populista de JK e faziam conteúdos para a tv, rádio e jornais contra o comunismo. Faziam parte da oposição do governo Jango e o classificaram como comunista.
O Instituto acabou sendo extinto em dezembro de 1963, por ordem judicial, sendo integrado ao Serviço Nacional de Informações. -
Eleições de Jânio Quadros e João Goulart
Nas eleições de 1960 Jânio Quadros foi eleito presidente com mais de 48,26% dos votos válidos e, como antigamente votava-se também para eleger o vice-presidente, João Goulart (Jango) do Partido Trabalhista Brasileiro(PTB) foi eleito com 36,10% dos votos válidos. -
Renúncia de jânio Quadros
Mesmo com uma enorme margem de votos no período eleitoral, Jânio, ao renunciar não teve um apelo massifico da população por sua volta ao poder, e com isso a faixa presidencial é passada ao seu vice, João Goulart. -
João Goulart assume a presidência
Com a renúncia de Jânio Quadros da presidência, Jango que estava fora retorna ao Brasil e sucede no cargo da presidência, mas já com uma expressiva oposição e impossibilitado de governar o país, uma vez em que há o poder por parlamento. -
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Parlamentarismo
Após a renúncia de Jânio inicia-se uma forma de governo parlamentarista. Jango possuía a faixa presidencial, mas quem exercia o poder e ''coordenava o país'' era o 1º ministro do parlamento. Este modo de governo só termina com um plebiscito em 1963 com voto aberto da população, onde ganha o presidencialismo e os poderes são passados ao Jango. -
IPES- Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais
Produzia campanhas e propagandas anticomunistas e anti-Janguistas. Tinham investidores de empresas tanto internas quanto externas e, um dos seus maiores investidores eram os EUA, uma vez que o presidente John Kennedy não queria que houvesse outra ''Cuba'' ( outros países também comunistas) e, para além, refutava o então governo de Jango e suas políticas reformistas e externa independente. -
A crise dos mísseis: cartas Brasil - EUA
No final de 1962 deu-se uma tensão entre o governo dos EUA e o governo brasileiro, em que este, com João Goulart no poder, tinha uma política- tanto interna quanto externa- que alertou o então presidente daquele, John Kennedy. Ocorreu uma troca de cartas entre Kennedy e Goulart em relação ao regime que se instaurou em Cuba e o perigo que esta representava à América, seja no Arsenal ou no fantasma do comunismo. -
Plebiscito
Mesmo Jango tendo a faixa presidencial, após a renúncia de Jânio, o sistema era o parlamentarismo e quem realmente ''governava'' eram os ministros. Constava, em uma emenda constitucional, que um plebiscito ocorreria em 1965 para decidir sobre a manutenção desse sistema ou se voltava ao presidencialismo, foi realizada uma antecipação para 1963.
Cerca de 12 milhões de eleitores compareceram as urnas e o presidencialismo ganhou com 82% dos votos e, finalmente, Jango tem os poderes de presidente. -
Leonel Brizola
Simpatizante do presidente Getúlio Vargas (por isso defendia as reformas de base), Brizola ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em agosto de 1945. Foi governador do Rio Grande do sul e quando eleito participou da elaboração da constituição gaúcha. Teve uma grande participação no Comício da Central do Brasil. Refutou o golpe de Estado contra seu cunhado Jango e seu exército foi o último a ''entrar'' no Regime. -
Darcy Ribeiro
Foi um antropólogo, escritor e político brasileiro. Amigo de Jango e se refugiou com ele no Uruguai, quando os militares tomaram a posse do governo no Brasil. Para além, também era contra a Ditadura e explicita alguns fatos dessa época em um documentário chamado ''Os idos de março''. -
Carlos Lacerda
Membro da União Democrática Nacional ( UDN ) e contrário ao governo Jango, foi um dos apoiadores do Golpe de Estado, mas que durante a ditadura foi um dos cassados políticos. -
Marighella
Carlos Marighella foi um político e guerrilheiro durante o período da Ditadura. Foi, então, um dos principais organizadores da luta contra a ditadura militar brasileira e chegou a ser considerado o inimigo "número um" da ditadura, já que contestava, questionava e contrapunha-se ao regime. -
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Ditadura militar
Sucedendo o Golpe de Estado, a Ditadura militar começa, para alguns historiadores, com a instalação do primeiro ato institucional, no qual concede plenos poderes ao presidente. Para outros pesquisadores, a Ditadura em si começa apenas após o 5º Ato ser instituído, este que é o propulsor para vários serem violados rigorosamente. -
Comício da Central do Brasil
Jango, também populista, discursara sobre as pressões sofridas em decorrência à sua forma de governo, proposta de reformas de base no país e sua forma política externa, e por isso era considerado um ''perigo à democracia'' pelos seus opositores.
Seu discurso no Comício era focado, principalmente, em falar sobre a necessidade de realizar a reforma agrária e como havia setores que estavam contrários à proposta. -
Marcha da Família com Deus pela liberdade
Um movimento civil feminino exercido e arquitetado pela oposição de Jango. Essa marcha, um nome comum a uma série de marchas que ocorreram em oposição ao governo, foi protagonizada por vários grupos sociais como: a Igreja, as famílias e os setores políticos mais conservadores, que se organizaram em marchas, levando às ruas mais de um milhão de pessoas, no intuito de derrubar o presidente João Goulart do governo e refutar a “ameaça comunista". -
Golpe cívico-militar
General Mourão invade Palácio do Planalto com seu exército na noite de 31 de março para 1º de Abril. Tido como Revolução, para eles- tanto militares arquitetos do Golpe, quanto uma parcela da população civil que apoiou o ato-, o intuito era retirar Jango do poder e pôr um ''Homem do bem'' correspondendo às suas éticas, morais e interesses políticos-econômicos, e que evitasse que o comunismo se suscita-se no Brasil. -
Ato Institucional n° 1
Mantém a Constituição de 1946 com algumas alterações, das quais concede mais poderes ao Presidente da República- este que fornece aos comandantes do alto escalão das Forças Armadas a autoridade para suspender os direitos políticos; realizar a cassação de mandatos e exercer a ordem política e social visando o bem do Estado, de seu patrimônio e da ''Revolução''. A forma de eleição passa a ser indireta e interna. No momento ainda não havia um presidente eleito entre eles, mas já havia data marcada. -
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Governo Castelo Branco
Primeiro presidente militar pós Golpe de Estado. Foi um dos articuladores e apoiadores do Golpe- tido como Revolução e firmação da ''democracia'' brasileira. Em relação aos presidentes sucessores, este era considerado como um dos menos brutos. E antes de seu mandato começar já havia sido constituído o 1ºato institucional, que aumentava os poderes do presidente-entre outros aspectos. -
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Governo Costa e Silva
O segundo presidente do período da Ditadura Militar. Considerado como durão pois intensificou as perseguições políticas, censuras e as torturas. Para além, foi um dos criadores do AI-5, já que visava assegurar uma ordem em relação as ideologias contrarias ao governo vigente, esse ato permitia a cassação rigorosa de contrários ao regime. -
Milagre Econômico e Anos de Chumbo
Durante o governo de Médici a economia brasileira crescia fortemente. O PIB crescia a uma taxa de quase 10% ao ano, mas isso devido a grandes investimentos internos e externos. Foi um período que também era considerado como ''Anos de Chumbo'', uma vez que era a temporada mais repressiva da ditadura militar no Brasil, tendo início em 1968 com a instauração do AI-5 no governo do Costa e Silva, mas que se intensificou até pós governo Figueiredo- já que havia torturas e execuções de subversivos. -
Ato Institucional nº5
Instaurado durante o governo do general Costa e Silva, o AI-5 concede ao presidente da República decretar a suspensão dos direitos políticos e aplicar punições àqueles(as) que se manisfestarem em assuntos dessa ordem. Foi decretado também o recesso do Congresso e houve muita censura tanto no jornalismo quanto nas produções artísticas, onde a liberdade de expressão, de escolha e o direito à notícia foram revogados- entre outros direitos violados. -
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Governo Médici
Emílio Garrastazu Médici, mais conhecido e chamado pelo seu último nome, Médici foi indicado ao cargo pelo Alto Comando do Exército. Durante seu governo, o Brasil viveu a época do Milagre Econômico, no qual a economia brasileira estava em alta, mas também estava na fase dos anos de chumbo em que as torturas, cassações e execuções estavam mais intensificadas e árduas. -
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Governo Geisel
Ernesto Beckmann Geisel, mais conhecido pelo seu último sobrenome, Geisel foi o penúltimo presidente militar no poder. Seu governo já começa coincidindo com o fim do milagre econômico e com uma alta insatisfação popular- onde a oposição ao governo volta a ganhar mais espaço, mas que mesmo assim as torturas não cessam. No fim de seu mandato em 1979 há uma retomada de alguns diretos políticos com a interrupção dos atos institucionais. -
''Fim'' da vigência dos atos institucionais
Para alguns historiadores o fim dos atos institucionais representa o término da ditadura militar em si, uma vez que volta a ter partidos e há a manifestação de opiniões políticas, mas mesmo assim não houve ainda a uma (re)democratização. Para outros pesquisadores, mesmo com o término dos atos institucionais, a Ditadura prosseguia, já que ainda havia um militar no poder e, de certa forma, a pressão social que esta hierarquia estabelecia. -
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Governo Figueiredo
João Baptista Figueiredo foi o último presidente militar no poder. Durante o governo Geisel, ele participava na aprovação de execuções de subversivos. Começa seu mandato após o término da aplicação dos Atos Institucionais. Alguns historiadores falam que ele governara durante um período de transição da Ditadura à (re)democratização, já que nessa época há a volta do manifesto político e de alguns outros direitos dessa natureza. -
Lei da Anistia
Feita no governo do presidente general João Baptista Figueiredo visa ''reverter'' punições aos cidadãos brasileiros- tanto militares quanto civis- que, entre os anos de 1961 e 1979, cometeram delitos de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política. -
Emenda Dante de Oliveira Pereira de Carvalho
Faz parte de uma série de movimentos em prol do retorno da democracia no país, através de eleições diretas para Presidente da República. Teve uma votação no congresso para tal emenda mas foi rejeitada por não conseguir a quantidade mínima de votos para sua aprovação, apesar disso, a (re)ação pública em torno do tema - a famosa ''Diretas já''- e a pressão da mídia acabaram provocando uma divisão na base governista que logo depois houve a posse no governo de um civil por eleições. -
Início da Comissão Nacional da Verdade
A Comissão Nacional da Verdade é um comitê instituído pelo governo do Brasil que investiga as graves violações de direitos humanos cometidas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988- nos períodos que antecedem a Ditadura e nos que ela está vigente. Implica também no debate atual em relação à lei da Anistia e como penalizar corretamente os envolvidos em crimes políticos durante o Refime Militar. -
Documento tornado parcialmente público
Datado de 11 de abril de 1974, referente ao processo de extermínio de presos políticos durante a ditadura no período do governo de Geisel- o penúltimo presidente militar no poder-, o documento consiste em alguns artigos da concessão, entre o governo de Geisel e a CIA( Agência Central de Inteligência), sobre o extermínio de 'subversivos perigosos' ao governo vigente da época. Esse documento está, em 2018, causando grandes debates sobre o período da Ditadura- então recente da história do país.