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Origem do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE)
A Universidade Federal do Rio de Janeiro é apontada como a instituição pioneira na utilização do computador em atividades acadêmicas, por meio do Departamento de Cálculo Científico. Nessa época, o computador era utilizado como objeto de estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina voltada para o ensino de informática. -
Criação da Secretaria Especial de Informática (SEI)
Com a SEI como órgão responsável pela coordenação e pela execução da política nacional de informática, buscava-se fomentar e estimular a informatização da sociedade brasileira, voltada para a capacitação científica e tecnológica capaz de promover a autonomia nacional, baseada em diretrizes e princípios fundamentados na realidade brasileira e decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação da indústria nacional. -
Primeiros passos no caminho da informática educativa
Foi a primeira vez que se discutiu o uso de computadores no ensino de física em um seminário na USP. -
O início da informática no contexto acadêmico
O Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (Nutes) e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional (Clates), iniciaram o uso da informática como tecnologia educacional voltada para a avaliação formativa e somativa de alunos da disciplina de química, utilizando-a para o desenvolvimento de simulações -
O uso de computadores para experimentos
Ainda nesse ano, ocorreu o primeiro estudo que utilizava terminais de teletipo e display (que eram telas de computadores bem diferentes das que temos hoje) num experimento simulado de física para alunos do curso de graduação, surgiram as primeiras iniciativas na UFRGS, sustentadas por diferentes bases teóricas e linhas de ação. Destacava-se também o software Siscai, desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados (CPD), voltado para a avaliação de alunos de pós-graduação em Educação. -
Documento sobre os computadores na escola
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), coordenado pelo professor Ubiratan d’Ambrósio, do Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação, escreveu o documento “Introdução de Computadores nas Escolas de 2o Grau”, financiado pelo acordo do Ministério da Educação (MEC) com um banco. -
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Visita de renomados cientistas na Unicamp e criação de um grupo interdisciplinar
Os cientistas Seymour Papert e Marvin Minsky foram criadores de uma nova perspectiva em inteligência artificial, para ações de cooperação técnica. Em uma visita ao MEDIA-Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts nos Estados Unidos, pesquisadores da Unicamp criaram um grupo interdisciplinar com especialistas das áreas de computação, linguística e psicologia educacional, originando às primeiras investigações sobre o uso de computadores na educação, utilizando uma programação chamada Logo. -
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Expansão do projeto interdisciplinar e criação de um núcleo
O projeto interdisciplinar passou a envolver crianças sob a coordenação de dois mestrandos em computação. No início de 1983, foi instituído o Núcleo Interdisciplinar de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, já com o apoio do MEC, tendo o Projeto Logo como o referencial maior de sua pesquisa, durante vários anos. -
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Trabalhos desenvolvidos com computador para ajudar na aprendizagem das crianças
Ocorreram novas experiências apoiadas nas teorias de Jean Piaget e nos estudos de Papert, destacando o trabalho realizado pelo Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) do Instituto de Psicologia da UFRGS, que explorava a potencialidade do computador usando a linguagem Logo. Esses trabalhos foram desenvolvidos com crianças de escola pública com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo, procurando possibilidades de intervenção como forma de promover a aprendizagem autônoma delas. -
Recomendações do documento
O documento destacava viabilizar um sistema de ensino adequado às necessidades e às realidades regionais, com flexibilidade suficiente para o atendimento às situações específicas, ao aumento da efetividade no processo de ensino-aprendizagem e à participação dos usuários. Também propunha a ampliação e a acumulação de conhecimento na área mediante a realização de pesquisas para a capacitação nacional, o desenvolvimento de software educativos e a formação de recursos humanos de alto nível. -
Criação e implantação do Programa de Informática na Educação
Após alguns meses do primeiro seminário, foi divulgado o documento “Subsídios para a Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação”, que apresentou o primeiro modelo de funcionamento de um futuro sistema de informática na educação brasileira, elaborado pelo grupo de trabalho intersetorial com representantes do MEC, da SEI, do CNPq e da Finep, que possibilitou a implantação dos sugeridos centros-piloto e colaborou no delineamento dos principais instrumentos de ação. -
Iniciação da implantação do documento nas universidades
Para o início dos trabalhos, o documento sugeria, em função
dos escassos recursos disponíveis, a seleção de cinco universidades representativas das diversas regiões brasileiras para a implantação dos referidos centros, bem como o acompanhamento e a avaliação por parte do poder público e posterior divulgação de seus resultados. -
Primeiro seminário sobre o uso da informática na educação
Realizou-se o I Seminário Nacional de Informática na Educação, na Universidade de Brasília (UnB), para discutir estratégias que refletissem as preocupações e o interesse da sociedade brasileira. Com isso, o evento contou com a participação de especialistas da área, destacando a importância de se pesquisar o uso do computador como ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem. Sendo reconhecido como um meio de ampliação das funções do professor e não como ferramenta para substituí-lo. -
Surgimento da implantação de projetos-piloto para a informatização em universidades
Foi no primeiro seminário, também, que surgiu a primeira ideia de implantação de projetos-piloto em universidades de reconhecida capacitação nas áreas de educação, psicologia e informática, cujas investigações ocorreriam em caráter experimental e deveriam servir de subsídios a uma futura política nacional de informatização da educação. -
A aplicação do computador a outros graus de ensino,
Recomendou-se ainda, a partir do II Seminário Nacional de
Informática na Educação, que as aplicações do computador
não deveriam se restringir ao 2o grau, de acordo com a proposta
inicial do governo federal, mas procurar atender a outros graus e modalidades de ensino, acentuando a necessidade do caráter interdisciplinar que deveria existir nas equipes dos centros-piloto, como condição importante para garantir a abordagem adequada e o sucesso da pesquisa. -
A relação da informática e da educação para a informatização da sociedade
A partir da visão de que o equacionamento adequado da relação
informática e educação seria uma das condições importantes para o alcance do processo de informatização da sociedade brasileira, o MEC assumiu o compromisso de criar instrumentos e mecanismos que possibilitassem o desenvolvimento de estudos e o encaminhamento da questão, colocando-se à disposição para a implementação de projetos que permitissem o desenvolvimento das primeiras investigações na área. -
Segundo seminário sobre o uso da informática na educação
Para melhor caracterização das ações na área, o MEC, a SEI
e o CNPq promoveram na Universidade Federal da Bahia, o II Seminário Nacional de Informática na Educação, visando coletar novos subsídios para a criação dos projetos-piloto a partir de reflexões dos especialistas das áreas de educação, psicologia, informática e sociologia. -
Recomendações norteadoras da política de informática na educação originadas do II seminário
Entre as recomendações, está a necessidade de que a presença do computador na escola seja encarada como um recurso auxiliar ao processo educacional e jamais como um fim em si mesmo. Para tanto, propunha-se que o computador deveria submeter-se aos fins da educação e não os determinar, reforçando dessa maneira a ideia de que o computador deveria auxiliar o desenvolvimento da inteligência do aluno e as habilidades intelectuais específicas requeridas pelos diferentes conteúdos. -
No âmbito da SEI, houve a criação da Comissão Especial - Informática na Educação, por meio da Portaria SEI/CSN/PR no 001/1983
A comissão tinha por finalidade propor a orientação básica da política de utilização das tecnologias da informação no processo de ensino-aprendizagem, observando os objetivos e as diretrizes do Plano Setorial de Educação, Cultura e Desporto, da política nacional de informática e do Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do país, além de apoiar a implantação de centros-piloto, funções essas intimamente concernentes ao âmbito educacional. -
MEC à frente do processo de informatização da educação brasileira
o MEC assumiu a liderança do processo de informatização da educação brasileira, procurando organizar-se para o cumprimento de suas novas obrigações. Um dos argumentos utilizados para a transferência do Projeto Educom para o MEC era o de que informática na educação tratava de questões de natureza pedagógica relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem, envolvendo escolas públicas brasileiras e universidades, na busca de subsídios para uma futura política para o setor educacional. -
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Recuperação dos centros-piloto comandados pelo MEC
Iniciou o descumprimento da sustentação financeira do projeto por parte do próprio MEC, ocorrendo um processo de disputa interna de órgãos que pretendiam assumir a coordenação do setor. Mas, em 2 anos houve a criação do Comitê Assessor de Informática na Educação da Secretaria de Ensino de 1o e 2o Graus Caie/Seps, presidido pelo secretário-geral do MEC, iniciando uma nova fase. Esse comitê foi constituído por profissionais de competência técnico-científica e de diferentes segmentos da sociedade. -
Criação do Programa de Ação Imediata em Informática na Educação de 1o e 2o Graus
O comitê recomendou a aprovação desse Programa de Ação objetivando a criação de uma infra-estrutura de suporte junto às secretarias estaduais de educação, a capacitação de professores, o incentivo à produção descentralizada de software educativo, bem como a integração de pesquisas desenvolvidas pelas universidades brasileiras. Apresentaram projetos voltados ao atendimento das funções básicas referentes ao uso e à aplicação da tecnologia, colaborando para o pleno desenvolvimento do país. -
Criação do Projeto Formar para a capacitação dos profissionais
O Projeto Formar foi criado por recomendação do Comitê
Assessor de Informática e Educação (Caie) do Ministério da
Educação (MEC), sob a coordenação do Nied/Unicamp e ministrado por pesquisadores e especialistas dos demais centros-piloto integrantes do Projeto Educom. Destinava-se, em sua primeira etapa, à formação de profissionais para atuarem nos diversos centros de informática educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação. -
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Implantação de 17 Centros de Informática Educativa (Cieds) em diferentes Estados da Federação
Cada Cied coordenava a implantação de outras unidades e cuidava da formação de recursos humanos para a implementação das atividades no âmbito estadual. Esses centros transformaram-se em ambientes de aprendizagem informatizados, integrados por grupos interdisciplinares.
A manutenção do Cied e a formação continuada de professores
multiplicadores eram atribuições do Estado, de acordo com a própria capacidade de gestão de seus recursos humanos, financeiros e materiais. -
Criação do Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe)
O programa visava desenvolver a informática educativa no Brasil, através de projetos e atividades apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada.
A inclusão das ações do Proninfe foi importante para a viabilização de financiamentos de diferentes tipos de bolsas de estudos e outros benefícios decorrentes. A área de informática educativa passou então a ser um dos destaques do Programa de Capacitação de Recursos Humanos em áreas Estratégicas (Rhae), do Ministério de Ciência e Tecnologia. -
Aprovação do primeiro Plano de Ação (Planinfe)
O Ministério da Educação aprovou o 1o Plano de Ação
Integrada (Planinfe), com objetivos, metas e atividades para o setor, associados a um horizonte temporal de maior alcance. O Planinfe destacava a necessidade de um forte programa de formação de professores, acreditando que as mudanças só ocorrem se estiverem amparadas por um intensivo e competente programa de capacitação de recursos humanos, envolvendo universidades, secretarias, escolas técnicas e empresas como o Senai e o Senac. -
Termos de organização e funcionamento de cada centro
O Centro de Informática na Educação Superior (Cies) ficou destinado a realizar pesquisa científica de caráter interdisciplinar, formar recursos humanos e supervisionar experiências educativas. O Centro de Informática na Educação de 1o e 2o graus (Cied) ficou como função atender aos professores e aos alunos. O Centro de Informática na Educação Técnica (Ciet), ficou destinado à formação de recursos humanos, à realização de experiências técnico-científicas e ao atendimento de alunos e professores. -
Criação de Centros de Informática na Educação, localizados em universidades, Secretarias de Educação e escolas técnicas federais
Esses núcleos tiveram atribuições de acordo com seus diferentes campos de atuação, constituindo-se em Centros de Informática na Educação Superior (Cies), Centros de Informática na Educação de 1o e 2o graus (Cied) e Centros de Informática na Educação Técnica (Ciet). Pretendia-se com os centros, novos ambientes que possibilitassem dinâmicas sociais de aprendizagem, no sentido de resgatar os atos de pensar, aprender, conhecer e compreender, a partir do uso de novos instrumentos. -
Criação do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), pela Portaria nº 522/MEC
Foi criado para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (Ditec). O trabalho principal do ProInfo é o de introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas públicas. Para garantir a evolução das ações do programa, foi criado o Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (Cete). -
Funções do Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (Cete)
O Cete foi criado para viabilizar e apoiar as ações do ProInfo e está situado na sede do MEC, em Brasília. Suas principais contribuições são:
• Estabelecimento de redes de comunicação;
• Divulgação de produtos;
• Disseminação de informações;
• Promoção do uso de novas tecnologias por meio de atividades
nas áreas de telemática e infra-estrutura de informações. -
XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação
Aconteceu o XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE). -
Projeto Um Computador por Aluno (UCA)
O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) foi implantado com o objetivo de intensificar as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino. http://www.fnde.gov.br/programas/programa-nacional-de-tecnologia-educacional-proinfo/proinfo-projeto-um-computador-por-aluno-uca -
XVIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação
Ocorreu o XVIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE, na cidade de São Paulo. -
XIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE)
Ocorreu o XIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE) em Fortaleza (CE). Este evento contou com a realização da Universidade Federal do Ceará e teve como tema "Tecnologia e Educação para todos".