LINHA DO TEMPO EPIDEMIOLOGIA

  • 460 BCE

    HIPÓCRATES

    HIPÓCRATES
    é considerado o autor dos fundamentos do pensamento epidemiológico.
    Ele fez observações acerca da propagação das doencas e sobre como elas afetavam as populações. Em tratado chamado "Ares, águas e lugares", Hipócrates especulou sobre as relações entre as doenças e fatores climáticos e ambientais como águas paradas em pântanos (como exemplo da malária).
  • SÉCULO XVII - John Graunt

     SÉCULO XVII - John Graunt
    John resumiu o padrão de mortalidade na cidade de Londres em XVII. No seu livro Natural and Political Observations, relatou mortes por causas aparentes que foram usadas para criar um sistema de monitorização para as
    pragas e as pestes, sendo o primeiro epidemiologista a realizar estatísticas demográficas e o primeiro a estimar números e construir uma tabela que resumia os padrões que dão a base para a demografia. Dando assim um contributo inegável para o pensamento epidemiológico do séc. XXI.
  • SÉCULO XVII - Thomas Sydenham

    SÉCULO XVII - Thomas Sydenham
    Classificou as febres
    que assolavam Londres, identificando a febre contínua, a intermitente e a varíola. Sydenham descreveu e distinguiu diferentes doenças,
    incluindo algumas de natureza psicológica, e propôs alguns tratamentos rejeitados por
    outros médicos na época, nomeadamente o exercício e a dieta saudável.
  • SÉCULO XVIII - James Lind

     SÉCULO XVIII - James Lind
    Observou o efeito do local, do clima e da dieta na propagação das
    doenças, conduzindo um dos mais interessantes estudos no tratamento do escorbuto. Descartou a
    ideia prevalente de que era uma doença hereditária ou infecciosa e propôs como causa principal a dieta. Ele desenhou e desenvolveu, talvez o 1°
    ensaio clínico controlado através da divisão de uma amostra de marinheiros com escorbuto que
    receberam tratamentos diferentes. Concluindo que aqueles que tinham
    consumido citrinos, foram curados.
  • William Farr

    William Farr
    Desenvolveu um sistema moderno
    de estatística que ainda é utilizado atualmente – o conceito de aritmética política, que viria a ser substituído pelo conceito de estatística. Farr defendeu a ideia de que algumas
    doenças, principalmente as crónicas, teriam uma etiologia multifatorial.
    Uma das suas contribuições mais importantes consistiu em alguns cálculos feitos por ele, criando os denominados indicadores de saúde. É-lhe ainda atribuída a invenção da taxa de mortalidade padronizada.
  • Ignaz Semmelweis

    Ignaz Semmelweis
    Seu trabalho no domínio da prevenção da transmissão das doenças. Semmelweis considerou a possibilidade de o contágio das infecções uterinas, ter origem em tecidos
    contaminados transmitidos de mulher para mulher e ainda através das mãos e instrumentos contaminados, usados pelos profissionais. Verificou e comprovou sua ideia e introduziu a prática da lavagem das mãos com cal clorada, comprando sua teoria e estabelecendo um método eficaz de prevenção das doenças.
  • Edwin Chadwick

    Edwin Chadwick
    Contemporâneo de Farr, Edwin foi considerado um fundador da
    saúde pública, definindo as bases para o desenvolvimento das reformas sanitárias e teve um
    papel importante na promoção da saúde das populações.
  • JOHN SNOW

    JOHN SNOW
    John Snow se notabiliza, através da investigação analítica dos surtos de cólera como reijeição á teoria miasmática; conhecido como pai da epidemiologia moderna.
    Na década de 60 do mesmo século, a medicina assistiu a uma grande evolução devido ao desenvolvimento do conhecimento a nível celular, molecular e bioquímico.
    No decorrer desta evolução, Louis Pasteur (1822-1895), um químico francês, contribuiu grandemente para a teoria dos germes.
  • Robert Koch

    Robert Koch
    Seguindo o trabalho de Pasteur, Robert Koch isolou e identificou
    o bacilo do antraz e foi o primeiro a fotografar e, dessa forma, comprovar a existência
    dos microrganismos causais da doença, mostrando a transmissibilidade e
    reprodutibilidade em experiências animais e acabando também por descobrir a
    existência de formas esporuladas no ciclo de crescimento dos mesmos.
  • Florence Nightingale

    Florence Nightingale
    Nightingale dedicou a sua vida à enfermagem, bem como à recolha e análise de dados estatísticos que, ao serem monitorizados, levaram à conclusão de que as taxas de mortalidade das doenças decresciam com a melhoria dos métodos de
    saneamento e com a implementação de normas de gestão e administração hospitalar. Foi ainda pioneira na criação de métodos de apresentação de dados, como é o caso dos gráficos setoriais, facilitando a interpretação dos resultados e a sua análise estatística.
  • DOENÇAS CRÔNICAS

    DOENÇAS CRÔNICAS
    A era da epidemiologia das doenças infecciosas durou até à Segunda Guerra Mundial, acontecimento que marcou uma transição epidemiológica, surgindo um novo período denominado epidemiologia das doenças crónicas. Após a guerra, alteraram-se
    rapidamente os padrões de distribuição de determinadas doenças, designadamente as doenças cardiovasculares, o cancro do pulmão e a úlcera péptica, facto que originou a sua rotulação enquanto epidemias.
  • Richard Doll e Bradford Hill

    Richard Doll e Bradford Hill
    Os estudos deles sobre o cancro no pulmão são um marco histórico na planificação e desenvolvimento de estudos epidemiológicos observacionais. Nessa época, especulava-se que essas doenças estariam associadas ao aumento do número de fábricas e de automóveis. Doll e Hill desenvolveram um estudo
    caso-controlo, comparando um grupo de indivíduos com cancro de pulmão a um grupo sem esta doença e concluíram que a diferença substancial correspondia à presença ou
    não dos hábitos tabágicos.
  • Framingham

    Framingham
    O Framingham Heart Study, um estudo longitudinal,
    iniciado em 1948, sobre fatores de risco para as doenças cardiovasculares, designadamente a dieta, o exercício físico, o efeito de certos medicamentos, etc., quantificando o valor do risco associado a um determinado fator e dando origem a milhares de artigos científicos.
  • EPIDEMIOLOGIA MODERNA

    EPIDEMIOLOGIA MODERNA
    Na evolução da epidemiologia moderna, as abordagens têm sido ajustadas como consequência da partilha de conhecimentos com outras áreas. Assim, não é surpreendente que a epidemiologia seja, atualmente, utilizada numa larga diversidade de assuntos importantes da área da saúde pública. Apesar dos extraordinários progressos referidos, o século XXI apresenta ainda mais desafios para os epidemiologistas.