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As pessoas surdas não eram consideradas seres pensantes, uma vez que a capacidade de raciocínio era diretamente ligada à fala. Logo, elas eram consideradas incapazes de pensar, sendo comparadas a seres parecidos com os animais irracionais.
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Aproximadamente no fim da idade média, começaram a surgir pesquisas a respeito da surdez. As famílias nobres que tinham herdeiros surdos tinham interesse em compreendê-los e integrá-los na sociedade com a finalidade de não perder as riquezas familiares.
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O estudioso Cardano que tinha interesse em ajudar seu filho surdo, desenvolveram pesquisas e descobriram que a escrita representava
ideias e pensamentos, e não somente ideias faladas. -
Leon dominava muitas ciências e seu trabalho foi reconhecido por toda a Europa, a ele conferiu-se o crédito da descoberta de que a pessoa surda era capaz de realizar atividades diversas, como qualquer ser humano, inclusive, a de raciocinar.
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Após a descoberta de que a escrita não estava relacionada à audição de palavras, o padre Espanhol Juan Pablo Bonet (1579-1633) criou o alfabeto manual.
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Thomas Gallaudet foi outro educador que, mais tarde, fundaria a primeira faculdade para as pessoas surda, chamada atualmente de Universidade Gallaudet, localizada em Washington, nos Estados Unidos, fundada em 1864, em Washington, Gallaudet usou o método de I’EPée, método do oralismo, o mais utilizado por todas as instituições de ensino para as pessoas surdas.
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Charles-Michel de L’Epée defendeu o uso da língua de sinais em detrimento do oralismo, método que obrigava as pessoas surdas a falarem oralmente. L’EPée fazia um trabalho filantrópico e para isso aprendeu a língua de sinais para comunicar-se com as pessoas surdas e ensiná-las.
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Thomas Braidwood foi o educador que criou um método, por meio do qual se deveria usar o alfabeto manual com as duas mãos. Este é, atualmente, usado em seu país. Os seus estudantes aprendiam palavras escritas, seu significado, sua pronúncia e a leitura orofacial. Braidwood fundou a primeira escola para as pessoas surdas na Grã-Bretanha, que mais tarde foi transferida para a Inglaterra.
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Jean-Marc Itard passou a questionar a origem da surdez, fazendo experiências que torturavam as pessoas surdas, inclusive levando uma delas a óbito.
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Em 1878 aconteceu o I Congresso Internacional de Surdos-Mudos, onde se reuniu a maioria das Instituições de Língua de Sinais para discutir qual era o melhor método para se utilizar na educação das pessoas surdas. Definiu-se como sendo os mais adequados a leitura labial e os ‘gestos’. Porém, em 1880 no II Congresso Mundial de Surdos-Mudos em Milão, onde por votação escolheu-se o Oralismo (método de ensino através da fala) como melhor método para uso e ensino dos estudantes surdos.
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Método criado para educar através dos sinais e, oralmente, ao mesmo tempo. Nesse método o professor ensina falando ao mesmo tempo nas duas modalidades: oral e sinalizada. Atualmente, usa-se o Bilinguismo que é o ensino por meio da língua mãe das pessoas surdas – língua de sinais – e, como segunda língua, fica a Portuguesa escrita, no caso do Brasil.
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Essa lei é regulamentada pelo Decreto nº 5.626/2005 que permite a inclusão das pessoas surdas a partir de estratégias como o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
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A mesma lei disponibiliza espaço profissional aos intérpretes de Libras, tanto é que, atualmente, existe graduação Especializada em Sinais (Letras/Libras fundada pela UFCS1 em 2006).
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Uma das diretrizes mais comentada a respeito da inclusão escolar dos Estudantes Público-alvo da Educação Especial, entre eles as pessoas surdas, é a Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2007, em que fica caracterizado que, tanto na rede pública quanto particular de ensino, os espaços devem ser abertos e os sistemas de ensino preparados para garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem com qualidade dessas pessoas.