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Guerras de Independência
As regiões Norte e Nordeste estavam em segundo plano no cenário nacional, por esse motivo grupos da Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará aliaram-se aos portugueses contra a independências do Brasil. Inúmeros combates contra as tropas imperiais se estenderam de 1822 até o final de 1823 ocasionando a morte de diversas pessoas. -
Sociedade e cultura do 1º reinado
A sociedade caracterizava-se pela existência de uma elite formada por grandes proprietários de terra, comerciantes e altos funcionários públicos. A classe média contava com grande quantidade de profissionais liberais, pequenos comerciantes, prestadores de serviços militares, membros do baixo clero, e alguns agricultores. Havia também a classe formada por trabalhadores livres, e por fim a classe dos escravizados.
A cultura era marcada por influencias portuguesas, indígenas e africanas. -
Constituição de 1824
A elaboração de uma constituição para o Brasil era fator indispensável ao funcionamento do novo país. Dom Pedro I encomendou aos portugueses uma constituição que preservasse o caráter conservador de governo, dando amplos poderes ao imperador. A constituição garantia o direito de posse de todas as terras e escravos adquiridos antes da independência, estabelecendo o catolicismo como religião oficial do país. -
Confederação do Equador
A Confederação do Equador foi a principal revolta do primeiro reinado. A constituição de 1824 não foi aceita por parte da população brasileira que esperava melhora na condição de vida. O maior conflito ocorreu na província de Pernambuco em função da interferência de Dom Pedro na política local através da nomeação de Francisco Paes Barreto como presidente da província. Para reprimir o movimento Dom Pedro enviou suas tropas condenando os lideres oposicionistas à morte. -
Guerra da Cisplatina
O conflito ocorreu no Sul, onde se encontra o Uruguai. A região era colonia da Espanha, e disputada pelas Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina) e Brasil pela sua localização estratégica. A região já havia sido anexada ao território brasileiro com o nome de Província Cisplatina, mas em 1825 as Províncias Unidas quiseram novamente incorporar a Província de Cisplatina ao seu território, iniciando o conflito. Após 3 anos o Brasil reconheceu a derrota, abrindo mão daquele território. -
Crise e abdicação de Dom Pedro I
Os empréstimos feitos por Dom Pedro I para manter a guerra Cisplatina aumentou a dívida externa brasileira. Diante da crise econômica generalizada Dom Pedro I cedeu aos pedido da corte portuguesa para assumir o reinado deixado pela morte de seu pai, abdicando o trono em favor de seu filho Dom Pedro II com cinco anos de idade. -
Cabanagem
Havia grande insatisfação da população pobre da Província do Grão-Pará. Essa camada da população vivia em cabanas à beira dos rios. O presidente da província agiu com violência contra a revolta popular, aumentando o descontentamento e resultou no fuzilamento do presidente. O governo federal enviou a Belém ampla força militar, resultando na morte de cerca de um terço da população da província. -
Rusga
Dois grupos políticos disputavam o poder na Província de Mato Grosso. As medidas para tentar o conflito não surtiram efeito. As camadas populares saíram armadas às ruas de Cuiabá. A repressão ao movimento foi implacável. Alguns integrantes foram condenados à morte, outros, à pena nas galés, e outros, à prisão. -
Revolta dos Malês
Os malês eram africanos e afro-brasileiros muçulmanos, escravizados ou libertos que se revoltaram em Salvador contra a escravidão, a imposição do catolicismo e os maus tratos. O movimento foi violentamente reprimido pelos membros da Guarda Nacional e pelo Exército oficial. Execuções, prisões, torturas e deportações marcaram o desfecho da rebelião. -
Revolução Farroupilha
A independência do Uruguai privou os sul-rio-grandenses das terras de pastagens e representou concorrência no comércio do charque, porque o produto vindo do Uruguai e da Argentina chegavam ao Brasil com valor mais baixo do que o produzido no Rio Grande do Sul. O governo se negou a taxar o charque vindo do exterior e associado à centralização dos poderes políticos no Rio de Janeiro originou a Revolução Farroupilha. O governo inicio uma campanha militar que durou 5 anos até o tratado de paz. -
Sabinada
Revolta que ocorreu na Província da Bahia. Os revoltosos não reconheciam o governo regencial como legítimo, e desejam a independência da Bahia até que D. Pedro II assumisse o governo. O presidente da província pediu reforços ao governo regencial que estabeleceu um cerco à cidade de Salvador, evitando a entrada de gêneros básicos. Posteriormente as tropas invadiram Salvador, culminando na morte de 1300 rebeldes e contendo o movimento. -
Balaiada
A Província do Maranhão havia conhecido grande prosperidade com as plantações de algodão, mas estava em decadência em virtude da concorrência com os Estados Unidos e consequente queda nas exportações. Movimentos populares chamados de balaios se fortaleceram e tomaram o poder em Caxias uma das maiores cidades do Maranhão. O governo regencial enviou para a região uma tropa de 8 mil homens para acabar com a rebelião. Os conflitos se estenderam por cerca de 2 anos onde os revoltosos foram derrotados -
Golpe da Maioridade
A instabilidade política e social vivida pelo Brasil durante o Período Regencial deu origem a um movimento que pedia a maioridade de D. Pedro II. Uma ação liderada pelos deputados liberais aprovou um projeto de lei para antecipação dessa maioridade. Assim, D. Pedro II foi coroado como imperador do Brasil aos 14 anos de idade, -
Imigração no Segundo Reinado
A proibição da entrada de novos escravizados no país gerou algumas mudanças na dinâmica populacional brasileira, aumentando o tráfico interno. O número de escravizados, no entanto, tendia a diminuir com o passar do tempo, já que a taxa de natalidade e a expectativa de vida entre eles eram muito baixas, levando as elites brasileiras a incentivar a vinda de imigrantes para o país, para suprir as necessidade de mão de obra, principalmente na lavoura. -
Movimento abolicionista
Formaram-se em todo o país inúmeros clubes abolicionistas. que promoviam manifestações contrárias à escravidão. O parlamento inglês aprovou uma lei pela qual os ingleses poderiam prender as embarcações que estivessem traficando escravos. Diante da pressão inglesa foi promulgada uma lei que proibia a entrada de escravos no Brasil, seguida pela lei que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir desse período, e também a lei que decretava a libertação de escravos maiores de 65 anos. -
Parlamentarismo no Segundo Reinado
O imperador D. Pedro II nomeava o presidente do Conselho dos Ministros, que ocupava cargo semelhante ao de primeiro-ministro. O presidente do Conselho e o imperador nomeavam os membros do Conselho. Somente então eram convocadas eleições, nas quais se garantia que o partido que ocupava a presidência do Conselho obtivesse maioria na Câmera de Deputados. -
Revolução Praieira
Os Conservadores estavam no poder e a oposição dos Liberais deu início a uma nova revolta na Província de Pernambuco. O grupo político liberal era denominado Partido da Praia. As tropas imperiais foram enviadas para conter os revoltosos e, após alguns meses de conflito, foram derrotados e seus líderes presos. -
Lei de Terras
O fim da escravidão e a entrada de uma grande quantidade de imigrantes no Brasil gerou entre a elite agrária o temor de ter a posse da terra ameaçada por esses novos grupos sociais. Essa lei determinava que a propriedade de terra no país somente seria reconhecida através de um documento assinado por um juiz. Aos imigrantes, ficava vetada a compra de terras em seus 3 primeiros anos de permanência no país. A concentração de terras nas mãos dos grandes latifundiários foi reforçada pela lei. -
Guerra do Paraguai
O conflito foi causado por disputas entre paraguaios e brasileiros pela região do Rio Prata. Brasil, Argentina e Uruguai uniram-se em uma aliança militar denominada Tríplice Aliança. As consequências da guerra foram terríveis para todos os países envolvidos, principalmente o Paraguai que teve sua população reduzida quase pela metade. -
Lei Áurea
A pressão popular levou a princesa Isabel a assinar a abolição definitiva da escravidão. -
Proclamação da República
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano.