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Clube dos Jacobinos
Fundado em Versalhes em abril de 1789, muda-se para Paris
em out. 1789. Equivalentes surgem em todo o país. “Se orientação
moderada em seus inícios, o clube se torna um laboratório político. Entre os membros há 200 deputados da Assembleia Constituinte; eles pertencem à elite intelectual e liberal pequeno burguesa. Duport, Barnave, os irmãos Lameth e logo Robespierre deram o tom dos debates.” -
Criação dos Estados Gerais
Sob pressão, o rei Luís XVI inaugura solenemente os Estados Gerais. Frente à crise fiscal, Luís XVI necessita da concordância dos representantes das Três Ordens (Clero, Nobreza e Terceiro Estado) p/arrecadar novos impostos e reformar os existentes. . Os Parlamentos de notáveis (domínio aristocrático), em especial o de Paris, desejam tutelar a monarquia e estabelecer uma constituição -
Golpe de Estado
A 3° Ordem, considerando que representam 95% da população e sob iniciativa de Sieyès, se autoproclama “Assembleia Nacional” [golpe de estado]. Declara-se soberana e proíbe toda cobrança de impostos sem o seu consentimento. -
Assembleia Nacional se proclama Constituinte
Assembleia Nacional se proclama Constituinte. “Juram não se separar até que a Constituição esteja redigida.” -
Queda da Bastilha
Em Paris, rumores e temores provocam, o ataque à Bastilha como forma de protesto e em busca de pólvora e munição. A Bastilha, que simbolizava uma arbitrariedade da monarquia aos olhos dos parisienses, era uma fortaleza real construída no século XIV para proteger a entrada oriental de Paris e que se tornou uma prisão estatal a partir do governo de Luís XI (1423-1483). -
Abolição dos últimos direitos servis
Um “Grande Peur” (grande medo) se espalha pelo campo, e para
‘acalmar’ os camponeses, na noite de 4 de agosto, os deputados
votam a abolição dos últimos direitos servis, pondo um definitivo
fim a séculos de dominação senhorial. A abolição de privilégios no campo foi uma consequência inesperada da tomada da Bastilha e do medo das elites das revoltas populares. -
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Em 26 de agosto de 1789, foi votada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os deputados, inspirados pelos filósofos franceses e ingleses dos séculos anteriores (Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau ...) votam a favor desta Declaração de 17 artigos que começa com esta frase impensável do Antigo Regime: “Todos os homens nascem e permanecem livre e igual em
direitos.” -
A marcha das mulheres
O abastecimento de Paris mostra-se precário e os preços dos alimentos em alta vertiginosa. Em 5 out.1789, as mulheres parisienses rumam a Versalhes, em protesto e p/exigir que o rei venha à capital presenciar os acontecimentos. Em 6 outubro esse palácio é invadido. Sob coação, o monarca reconhece as decisões da Assembleia e a família real deixa Versalhes com destino ao Palácio das Tulherias, na capital. -
Clube dos Cordeliers
Inaugurado em maio de 1790, entre seus membros incluíam Danton, Marat, Desmoulins, Hébert. Esse clube, na origem mais radical e
popular que os jacobinos, esteve na origem das grandes jornadas revolucionárias Seus membros trabalharam para derrubar a Gironda e foram os mais enfáticos a exigir a destituição do monarca após a fuga do mesmo. Se fundem com os jacobinos sob liderança de Robespierre. -
Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã
Marie Gouze adotou o nome de Olympe de Gouges para assinar seus panfletos e petições em uma grande variedade de frentes de luta, incluindo a escravidão, em que lutou para sua extirpação. Ela propõe uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à outra do homem, aprovada pela Assembléia Nacional. Girondina, ela se opõe abertamente a Robespierre e acaba por ser guilhotinada em 1793, condenada como contra revolucionária e denunciada como uma mulher "desnaturada" -
A fuga do Rei
A família real deixa, em segredo e à noite, Paris. Capturados, são obrigados a retornar. Do episódio, os republicanos saem reforçados, mas a grande maioria da Assembleia ainda apoia a instituição da
monarquia constitucional. Logo, o rei permanece enfraquecido, mas em seu posto. -
Nova Assembleia
Com a aprovação da Constituição, os constituintes se separam,
dando lugar a nova Assembleia eleita pelo voto censitário (e não universal); como a anterior, a maioria é burguesa -
Primeira onda de Terror
Primeira onda de terror, contra os ‘inimigos do regime’. Forte repressão à Igreja, os padres ‘refratários’ são deportados e conventos são fechados. Apoio da Convenção. -
Guerras Externas
Começa conflitos externos com outros países europeus. de um lado a Primeira República Francesa contra o Reino Unido, a Áustria, a Prússia e diversas outras monarquias europeias. A guerra é dividida em dois períodos: a Primeira Coalizão (1792–97) e a Segunda Coalizão (1798–1802). -
Invasão dos Sans-Culotes no palácio das Tulherias
Sob acusações de cumplicidade e complô, os sansculotes* invadem o Palácio das Tulherias em busca do rei. No final de um dia, Luís XVI e sua família são colocados em prisão. -
Fim da Monarquia
Assembleia decide chamar eleições por sufrágio ‘universal’ masculino com vistas à redação de uma nova Constituinte: assume a Convenção Nacional (1792 a 1795, com 749 dep. eleitos, todos republicanos). Nesse momento, o Legislativo é o único poder legal. Três grupos de pressão republicanos têm acento: os girondinos (no momento do momento dominantes); a planície (o ‘centrão’); os jacobinos (que, agora, estão à esquerda dos girondinos) -
Coalizão de países ataca a França
Com esse ataque dos outros países há uma convocação interna em massa: 300 mil homens. Além da guerra externa, eclode uma guerra civil: entre camponeses e nobres realistas x os republicanos
burgueses das cidades. A Convenção declara: “A pátria em perigo.” -
Revolucionário até ter a paz
O governo francês declara que seria revolucionário até a paz (“revolução permanente”). -
Luís XVI é guilhotinado
O rei é guilhotinado. Foram descobertos documentos que provavam a vinculação do rei com o ataque estrangeiro. -
Comitê de Segurança Pública
A Convenção confia o governo a um Comitê de Segurança Pública, que a partir de julho 1793 é chefiado por Maximilien de Robespierre.
A ditadura jacobina é instalada e Constituição é suspensa. Em nome da defesa da Revolução, Robespierre assume poderes ditatoriais.
31 de maio e 2 de junho de 1793, as lideranças girondinas foram presas e guilhotinadas. -
Jean-Paul Marat é assassinado
Nascido em 1743, aprende, como autodidata, medicina, exercendo tal ofício. Durante o processo revolucionário, dedica grande parte de seu tempo ao seu jornal, L'Ami du peuple,Eleito deputado na Assembleia Legislativa Nacional em 1792, foi reeleito para a Convenção Nacional durante a promulgação da Primeira República. Logo, se opõe ao campo da Gironda e passa a considerar seus membros os verdadeiros inimigos da França. É assassinado em sua casa pela girondina *Charlotte Corday. -
Robespierre é guilhotinado
Robespierre é guilhotinado. Eleito ao Terceiro Estado, era inicialmente um deputado discreto. Robespierre defendeu o sufrágio universal masculino e militou pela igualdade de direitos civis, também atuou decisivamente na primeira abolição da escravidão nas colônias francesas. Após endurecer a lei da guilhotina, acabou se tornando uma ameaça, vindo a ser executado. -
Maria Antonieta é guilhotinada
É a vez da Rainha Maria Antonieta ser guilhotinada. -
Georges-Jacques Danton é executado
Em 1790, preside o clube dos Cordeliers. Após a fuga do rei e sua prisão, Danton e os Cordeliers exigem a proclamação da República e a prisão do rei. É eleito à Convenção 1792. Durante esses anos, Danton e Robespierre mantém significativo grau de desconfiança entre si, mas constituem, os ‘pilares da Revolução’, até romperem. Declarou-se a favor da criação do Tribunal Revolucionário. Passado o perigo iminente, Danton reivindica maior clemência, ao que Robespierre se opôs fortemente. -
Fim da República Jacobina
Nesse dia a Convenção derruba República Jacobina. A guerra mantinha os jacobinos no poder: seu declínio inicia quando a guerra começa a ser ganha pela França. -
Revoltas populares em Paris
Durante o período de abril a maio desse ano houve revoltas populares na cidade de Paris. -
Diretório
Foi instaurado nesse ano o regime político, o Diretório, se estendeu por 4 anos, durante esse período iniciou-se uma reorganização política, administrativa e econômica da França. Também teve que lidar com complôs e levantes -
Manifesto dos plebeus
Redigido por Babeuf, esse manifesto é dirigido para o povo, nele há questionamentos, promessas e afirmações. Trecho do manifesto: " Desde tempos imemoriais se vem repetindo hipocritamente: os homens são iguais. Mas desde há longo tempo que a desigualdade mais vil e mais monstruosa pesa insolentemente sobre o gênero humano. [...] Todos somos iguais, não é verdade? [...]"
Link para ler o manifesto na integra: http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/a_pdf/babeuf_manifesto_dos_iguais.pdf -
Conspiração dos iguais
Inicia a Conspiração dos Iguais, dirigida por Babeuf e apoiada por alguns antigos jacobinos.
Para Babeuf, a finalidade da sociedade seria a felicidade comum, e a Revolução deveria assegurar a igualdade de posses, cujo único meio seria a supressão da propriedade privada. A revolta foi "esmagada" pelo Diretório que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração. -
Tratado de Leoben
Assinado entre Napoleão Bonaparte, comandante do Exército que atuou na Itália e Francisco II, imperador romano-germânico, esse acordo faz com as operações militares da Guerra da Primeira Coligação cheguem ao fim. -
Alistamento obrigatório
Alistamento militar se torna obrigatório -
Segunda Coalizão
Segunda Coalizão foi um conjunto de alianças e compromissos estabelecidos entre várias potências europeias (incluindo o Império Otomano) que se confrontaram com a França na fase final da Revolução Francesa. O conjunto dos confrontos entre a França e a coligação ficou conhecido como Guerra da Segunda Coligação. Formalmente, a guerra só terminou em 1802 com a assinatura do Tratado de Amiens. -
18 de Brumário
Através de um golpe de Napoleão Bonaparte torna-se o 1º. Cônsul, dissolvendo o Diretório e o Conselho dos 500.