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Início do séc. XX - Movimento Higienista
As ideias médicas da época, legitimadas por seu estatuto de ciência, que deveria explicar a conduta e estabelecer normas para ela, constitui a escola como objeto de saneamento físico e moral, com base em projetos higienistas, com foco na formação moral, visando à normalização do comportamento dos alunos, pela ação repressiva às condutas tidas como perniciosas. A expansão da psicometria e os saberes psi serviram aos fins higienistas. -
"Biologização" dos fenômenos escolares e normatização das crianças
A autoridade do modelo clínico biomédica e a expansão do movimento higienista gerou a "biologização" dos fenômenos escolares, individualizando o fracasso escolar no corpo da crianças e isentando a comunidade escolar da responsabilidade. A Psicologia contribuiu para tal "biologização" com a classificação das crianças em "normais" e "anormais" a partir do uso de testes psicométricos. -
Movimento da Escola Nova
O Brasil passava por mudanças estruturais de urbanização e industrialização. Nesse cenário, o movimento da Escola Nova começou a se expandir com promessas de revolução educacional e progresso. O movimento tinha um discurso de escola democrática com oportunidades iguais para todos. Logicamente, isso era um mito, que camuflava as desigualdades sociais, negando as diferenças de classe, e culpabilizava o sujeito por sua condição de fracasso escolar. -
Psicologia "do" Escolar
Foco na criança-problema, ou criança que não aprende e nos problemas de aprendizagem. Medição de aptidões tidas como naturais e busca de um ajustamento dos anormais através da Higiene Mental. -
Psicologismo na Educação e determinismo sociológico
A Psicologia passa a minimizar os fatores biológicos como explicação dos comportamentos do estudante e inicia-se um discurso sobre fatores ambientais e socieconômicos como produtores de "déficits comportamentais".
Teoria da Carência Cultural vira moda, afirmando que as crianças negras eram menos capazes de aprender porque tinham um ambiente pobre de estimulação. -
Regulamentação da profissão do Psicólogo
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Lei nº 5.692 – Escola obrigatória e gratuita para todos
Em vista disso, as práticas escolares passaram a ser repensadas em vista do aumento de estudantes e diversidades sociais dentro da escola -
Críticas aos psicologismos e biologização dos fenômenos escolares
O texto da Maria Helena Souza Patto é considerado um divisor de águas. Compreende-se então que o "não aprender" está relacionado a uma produção complexa do fracasso escolar cujas origens se convertem em uma multiplicidade de fatores, incluindo políticas públicas educacionais, espaço escolar, material didático, formação docente, entre outros. -
Declaração de Salamanca
Crianças com deficiência na escola regular -
Psicologia escolar e educacional na contemporaneidade
o trabalho do psicólogo nesse campo é ter como principal tarefa buscar otimizar situações de aprendizado a partir de uma prática que envolva o coletivo e o individual, envolvendo todos os atores do contexto educativo, como professores, estudantes, família, comunidade, etc.