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Inicio da química orgânica
No século XVIII, Carl Wihem Scheele conseguiu isolar o ácido tartárico da uva, o ácido cítrico do limão, o ácido lático do leite, a glicerina da gordura e a uréia da urina. Por este motivo, em 1777, Torbern Olof Bergam definiu que a Química Orgânica era a química dos compostos existentes nos organismos vivos e que a Química inorgânica era química dos minerais. -
Antoine Laurent de Lavoisier
Foi também no final do século XVIII que Antoine Laurent de Lavoisier analisou muitos compostos orgânicos e verificou a presença do elemento químico carbono em todos eles. -
Força vital
Em 1807, o químico sueco Jöns Jakob Berzeluis defendeu a teoria da Força Vital, onde somente os seres vivos são capazes de produzir os compostos orgânicos. Isto queria dizer que era impossível obter uma substância orgânica se não fosse a partir de um ser vivo. Não poderiam ser sintetizadas (preparadas artificialmente). -
Descobrimento da Isomeria
No ano de 1823, dois químicos alemães, Justus von Liebig e Friedrich Wöhler, passaram a estudar a composição de determinadas substâncias. Liebig descobriu o fulminato de prata; e Wöhler, o cianato de prata e perceberam algo inesperado: os dois compostos eram totalmente diferentes, porém eles possuíam a mesma fórmula molecular (AgCNO). Isto é, os dois eram formados por um átomo de cada um dos seguintes elementos: prata, carbono, nitrogênio e oxigênio. -
Queda da Força Vital
Esta teoria da Força Vital foi derrubada pelo químico alemão Friedrich Wöhler. Em 1828, Wöhler sintetizou a uréia a partir de um composto mineral, de acordo com a reação a seguir:
A partir do cianato de amônio, foi possível sintetizar a uréia, que antes só podia ser obtida através da urina dos animais.
Outras sínteses também foram feitas, como a do metanol e acetileno, também por Wöhler. -
Síntese de Compostos Orgânicos
Em 1845, Adolph Wilhelm Hermann Kolbe sintetizou pela primeira vez um composto orgânico a partir de seus elementos químicos. Sintetizou então o ácido acético (vinagre).
Desta época em diante, os químicos acreditavam que qualquer outro composto orgânico poderia ser sintetizado. A ideia de que todo composto orgânico vinha de seres vivos foi abandonada. -
Descobrimento do Corante Sintético
Durante o século XIX, uma das primeiras aplicabilidades das descobertas no campo da química orgânica foi na área de corantes para a indústria têxtil.
Em 1856, o químico inglês William Perkin desenvolveu, em laboratório, o primeiro corante sintético, denominado mauveína. A partir desta descoberta, Perkin desenvolveu vários outros corantes,além de perfumes, que colaboraram para o desenvolvimento da indústria. -
Definição da Química orgânica
Devido à inadequação da definição de Bergman para a química orgânica, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs, em 1858, a definição aceita atualmente:
"Química orgânica é o ramo da química que estuda os compostos do carbono."
Essa afirmação está correta, contudo, nem todo o composto que contém carbono é orgânico, como é o caso do dióxido de carbono, o ácido carbônico, a grafite, etc. Ainda assim, todos os compostos orgânicos contêm carbono. -
Teoria Estrutural
1º) Tetracovalência constante: Nos compostos orgânicos, o carbono é sempre tetracovalente, exercendo 4 ligações, podendo essas ligações serem representadas por pares eletrônicos ou traços.
Encadeamento constante. Os átomos de carbono podem unir-se entre si.
2º) Encadeamento constante. Os átomos de carbono podem unir-se entre si formando cadeias carbônicas.
3º) Ligações entre átomos de carbono: Os átomos de carbono podem se ligar por uma, duas ou até três valências. -
Sintetização da Cânfora
Em 1907, cânfora obtida por síntese total foi comercializada pela primeira vez por Gustaf Komppa. A partir do século XX, o progresso da química orgânica permitiu a síntese de moléculas altamente complexas. Ao mesmo tempo, os polímeros e as enzimas foram reconhecidos como grandes moléculas orgânicas. -
A Química orgânica no século XXI
A síntese em laboratório é capaz de modificar a estrutura de uma cadeia carbônica e dar a ela um novo formato com propriedades distintas da molécula original, a este produto denota-se a definição de composto orgânico sintético. O processo é muito útil na fabricação de medicamentos pelas Indústrias farmacêuticas, na obtenção de plásticos (polímeros), fibras têxteis, corantes, inseticidas, etc.