História do parto

  • 99,999 BCE

    O Nascer

    O Nascer
    O parto é o evento final da gravidez humana: quando o recém nascido deixa o útero materno para o exterior. Para a maioria das culturas este momento é considerado como o marco inicial da vida, e sempre teve um grande significado antropológico a nível social e familiar, sendo a chave para o desenvolvimento do vínculo emocional entre mãe e o bebê.
  • Period: 99,999 BCE to 3500 BCE

    Pré-história

    No período paleolítico inferior (Antiga idade da pedra 500.000 A 30.000 a.C), no momento do parto as mulheres afastavam-se do grupo, davam à luz os seus filhos, cortavam o cordão umbilical, queimavam a placenta e regressavam ao grupo com o bebê nos braços. As mulheres não tinham parceiro fixo, não conheciam a origem da gestação e os homens não se interessavam pelo parto, que era realizado sem nenhuma ajuda.
  • 40,000 BCE

    O começo da humanização

    O começo da humanização
    Existem dados que indicam que no começo da humanidade, por volta de 40.000 a.C., o parto da mulher era atendido pelo marido. No entanto, já no ano 6.000 a.C., começa-se a considerar a ajuda ao parto como uma "arte" e algumas mulheres vão ganhando maior experiencia que outras, pois são solicitadas com mais frequência durante o trabalho de parto.
  • 18,000 BCE

    Mudanças Genéticas

    Mudanças Genéticas
    Na passagem do hominídeo ao homo sapiens e o advento do bipedalismo, a pelve sofreu muitas modificações como o estreitamento do canal pélvico, aumento na espessura dos ossos e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. O volume do cérebro dos recém-nascidos se adaptou ao canal de nascimento. Assim o bebê humano fez uma série de torções e giros durante o parto para que as duas partes de seu corpo de maiores dimensões se ajuste ao canal do parto.
  • 6000 BCE

    O parto do Homo sapiens

    O parto do Homo sapiens
    Sendo assim o homo sapiens, de hábitos sedentários e alimentação carnívora começa a ter o parto assistido por mestres, familiar ou parteira. O acasalamento torna-se patriarcado (as mulheres começam a ter parceiro fixo) e inicia-se a linguagem e a arte estampada em paredes de cavernas que aponta também a existência de ritos funerários e magia.
  • Period: 4000 BCE to 476

    Antiguidade

    A partir da nossa pré-história, a assistência à mulher no momento do parto e trabalho de parto não se restringem aos homens contemporâneos, mas têm suas raízes nas profundezas de nossa ancestralidade. A evolução humana nos mostra que essas práticas possam ter surgido até 5 milhões de anos atrás, quando o advento do bipedalismo constringir o tamanho e o formato da pelve e do canal de nascimento pela primeira vez e as mulheres buscaram auxílio de alguém próximo.
  • 1900 BCE

    Egito Antigo

    Egito Antigo
    No Egito Antigo, a obstetrícia era reconhecida como uma ocupação feminina, como atesta o Papiro Ebers que data do século XVII a.C.. Cinco colunas desse papiro trata da ginecologia e da obstetrícia, especialmente no que diz respeito ao aceleramento da parturição (ação de dar a luz à prole) e do prognóstico do recém nascido.
  • 1000 BCE

    Parteiras Empíricas

    Parteiras Empíricas
    No decorrer da nossa história antiga (4.000 aC a século V) os nascimentos eram realizados por parteiras empíricas com a parturiente, na maioria das vezes em posição vertical
  • 800 BCE

    Antiguidade Greco-Romana

    Antiguidade Greco-Romana
    A medicina obstetrícia na antiguidade grega e romana abarcou amplamente as mulheres, incluindo as anciãs que continuaram as tradições médicas populares nas vilas do Império Romano: parteiras treinadas que colheram seus conhecimentos de uma variedade de fontes, mulheres altamente treinadas que são consideradas médicas.
  • 400 BCE

    Agnodice, a primeira parteira

    Agnodice, a primeira parteira
    Agnodice ou Agnodike é uma figura lendária creditada como a mais antiga mulher da antiga Grécia a ser mencionada como parteira e médica entre atenienses. Natural de Atenas, aonde havia proibição legal para mulheres estudarem medicina. De acordo com Gaio Julio, Agnodice disfarçou-se com roupas masculinas para assiitir as aulas de Hierófilos, dedicando-se principalmente ao estudo da obstetrícia e da ginecologia.
  • 100 BCE

    Salpe de Lemos - Parteira inveterada

    Salpe de Lemos - Parteira inveterada
    As parteiras eram conhecidas por diferentes títulos: Iatrinë (Gr enfermeira), maia (Gr Parteira), obstetrix (Lat obstetrícia), e medica (lat. doutora). Muitos tratados de ginecologia que circulavam no círculo dos estudiosos foram escritos por mulheres que assim se entitulavam, apesar dessas estarem em pouco número. Um exemplo desse tipo de parteira é Salpe de Lemos, que escreveu sobre doenças femininas e foi mencionada diversas vezes nos trabalhos de Caio Plínio Segundo.
  • Period: 401 to 1401

    Idade Média - Parteiras avanços tecnológicos

    A época da história medieval (século V a século XV), os nascimentos aconteciam por parteiras regulamentadas, com a parturiente em posição vertical e colocada em cadeiras previamente fabricadas e em domicílio.
  • Period: 456 to 1401

    Idade Média

    A obstetrícia na Idade Média Impactou o trabalho e a saúde da mulher antes da profissionalização da medicina. Durante a Idade Média na Europa Ocidental as pessoas confiavam no conhecimentos médico dos filósofos gregos e romanos, especialmente Galeno, Hipócrates, e Aristoteles. Esses medicos e filósofos focaram primariamente na saúde masculina, e as questões da saúde feminina eram subestimadas. Portanto, as mulheres eram encorajadas a lidar com os problemas do universo feminino.
  • 1301

    Parto na Idade média

    Parto na Idade média
    A época da história medieval (século V a século XV), os nascimentos aconteciam por parteiras regulamentadas, com a parturiente em posição vertical e colocada em cadeiras previamente fabricadas e em domicílio.
  • Period: 1453 to

    Idade Moderna - Medicina Obstetrícia

    Na história moderna os nascimentos eram realizados por parteiras com instrução e por médicos, nesta época aparecem os primeiros livros de obstetrícia.
  • Interesse médico pela obstetrícia

    Interesse médico pela obstetrícia
    Foi no séc. XVIII quando os primeiros médicos se interesaram pela obstetrícia e começaram a frequentar a sala de parto. Se começou a estudar o parto como uma ciência e a partir disso se desenvolveram instrumentos como o fórceps e se impôs a posição horizontal da parturiente.
    O desenvolvimento técnico na área têm um grande marco com a invenção do fórceps, no final do século XVI pelo cirurgião inglês Peter Chamberlen.
  • Period: to

    História Contemporânea - Modelo hospitalar

    Na nossa história contemporânea houveram muitos acontecimentos e mudanças, várias guerras ocorridas, mas principalmente as mundiais, permitiram avanços tecnológicos para facilitar a morte do inimigo. Muitos destes avanços são hoje utilizados pela medicina onde os nascimentos começaram a ser atendidos por médicos obstetras em instituições denominadas de Maternidades, diminuindo assim as mortes no período puerperal.
  • Avanços e violência institucionalizada

    Avanços e violência institucionalizada
    Durante o século XX, o controle da natalidade, o monitoramento médico durante a gravidez, o registro da tocografia, e técnicas cirúrgicas como a cesárea fizeram com que a grande maior dos partos se desenvolvessem felizmente. No entanto, ao mesmo tempo que em que foram produzidos tais avanços, o momento do parto sofreu um processo de desumanização em que a mãe e a familia se vêem privadas dos seus direitos de privacidade e autonomia.
  • Cesariana

    Cesariana
    Philip Syng Physick propôs em 1822 as bases para a intervenção cesariana. Em 1882, Max Sänger escreveu um tratado que em marcou época: descrevendo o emprego da sutura uterina quase igual aos dias atuais, e propondo a operação que se conhece como cesárea clássica. Até os dias de hoje e um benefício às mulheres que está diminuindo a mortalidade perinatal.
  • Era tecnológica

    Era tecnológica
    Hoje no século XXI contamos com todas as ferramentas necessárias para atender aos partos humanizados e diminuir o risco de mortalidade perinatal.