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347 BCE
A Grécia Antiga
Platão acreditava que o caráter humano se desenvolvia bastante cedo, também se preocupava com a instrução da juventude da época. Ele pensava que o raciocínio se originava na adolescência. Na Grécia antiga, os jovens eram praticamente preparados ao militarismo; aos 16 anos podiam falar em assembleias. A maioria civil era atingida aos 18 anos, ocasião em que eram inscritos nos registros públicos da cidade (GROSSMAN, 1998) -
420
Santo Agostinho
Agostinho de Hipona, além de contribuir para vários campos do conhecimento, orientava acerca da educação dos jovens, sugerindo a descontração e jovialidade, pois percebia a aversão ao ambiente educacional ao público em específico. (SPRINTHALL E COLLINS, 2009) -
500
Idade média
Na idade média o jovem vivia nos feudos. Os papeis de gênero e os profissionais eram já determinados pelo social, em que o adolescente era visto como um adulto em miniatura. -
1700
A instituição de ensino faz agora parte da base social, o que contribuiu para o afastamento dos indivíduos da comunidade. As práticas escolares se destinavam dos 10 aos 25 anos, não havendo a preocupação da separação da população escolar em classes determinadas por faixas etárias. A segunda infância, não se distinguia da adolescência. (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010) Vale ressaltar que ainda não havia o termo "adolescência", mas já se iniciam a formação dos grupos. -
Rosseau
No século XVIII, Rosseau considera a adolescência como um momento de instabilidade. Tinha a opinião de que o adolescente não era criança nem adulto, pois ainda "buscava encontrar seu lugar no mundo". (GROSSMAN, 1998 apud SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010) -
Revolução Industrial
Até este momento, não havia em si uma reflexão sobre a adolescência como uma processo do desenvolvimento.
Haviam as crianças e os jovens, que tinham idade para adentrar no mercado de trabalho. A expectativa de vida era de 40 anos, em média.
Foi nesse período em que se inicia a intitulação do termo da adolescência. (ALACIOS e OLIVA, 2003) -
Sec XX
Novos dados demográficos permitem considerar a adolescência como um estágio no processo do desenvolvimento. Tanto na idade moderna quanto na pós-moderna, a adolescência apresenta um caráter de despersonificação, onde não se é mais criança, como também não se é adulto. (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010) -
Teoria Psicossocial
A partir do século XIX, as condições de saúde melhoram. Erik Erikson começa a popularizar o termo "adolescência", em que aglutinava aqueles que não eram nem crianças vulneráveis, nem adultos. Inicia um processo de despersonificação do processo em específico. Ele deu início à propagação do termo "crise de identidade". (AVILA, 2005) -
Rebeldes sem causa
Nos Estados Unidos, durante a década de 50 do século passado, apareceu o fenômeno denominado “juventude transviada” ou “rebelde sem causa” (Grossman, 1998 apud (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010). -
A subcultura da adolescência
Os anos 60 inauguram um novo estilo de mobilização e contestação social, os quais contribuíram para a percepção da adolescência como uma subcultura. Foi o contexto do nascimento do famoso movimento hippie, o início da relação direta da adolescência com o uso de drogas, movimentos de contracultura e também de explicitação da identidade. (Garrod & cols., 1995 apud (SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010) -
Diferenciação de adolescência e puberdade
Alguns pensadores começam a considerar a adolescência no âmbito psicossocial, não mais exclusivamente ligadas aos processos fisiológicos do corpo; Como por exemplo Kalina e Laufer (1974) e Melvin e Wolkmar (1993). -
Psicanálise
Anna Freud caracterizava a adolescência como um período de desequilíbrio psíquico e comportamento instável em virtude dos conflitos internos associados à maturação sexual. Assim, a revolução ocorrida nesta fase era apenas uma manifestação externa dos ajustamentos ocorridos internamente. (AVILA, 2005) -
John Coleman
Em sua extensa revisão bibliográfica, conclui que os dados obtidos até então não permitem uma visão de adolescência pautada no stress e tensão. (SANTOS, 2009) -
Atualidade
A escola não é mais a instituição principal de ensino e preparação para o mercado de trabalho, ela está desvinculada ao poder do estado e não atinge a todos os indivíduos, principalmente os adolescentes. Se tem a ideia de que o cuidado com a adolescência é essencial pois ela representa o futuro da sociedade.
Políticas públicas e cuidados especiais às juventudes também já possuem espaço, contribuindo à manutenção do equilíbrio dos processos biopsicossociais do jovem e do adolescente.