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Nísia Floresta - Brasil
A escritora e poetisa Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto (1810-1885), é considerada a primeira educadora feminista brasileira. Nísia também participou ativamente das campanhas abolicionista e republicana. Aos 28 anos, abriu uma escola para meninas. À frente de seu teu tempo, defendeu o direito à educação científica para meninas, fundando a base de gerações de mulheres que hoje estão em escolas e universidades, aprendendo e ensinando. -
María Cano - Colômbia
María Cano (1887- 1967) nasceu em uma família de educadores, jornalistas, artistas, músicos e poetas. Foi autodidata e teve sua formação primária com bases no pensamento independente e livre. No começo dos anos 20, foi a única mulher jornalista de revista Cyrano. Escrevia poesias e em 1924, fundou uma biblioteca popular gratuita. É considerada a primeira mulher líder política na Colombia, participando ativamente da luta por direitos civis e dos trabalhadores assalariados. -
Frida Khalo - México
Frida Kahlo (1907-1954) foi uma importante artista mexicana, muito à frente de seu tempo. Suas obras exaltavam a nacionalidade e autenticidade de sua historia pessoal de inigualável sofrimento. A relevância da autora extrapola o campo da arte devido às contribuições que fez em várias esferas político-sociais. Ela lutou bravamente nos movimentos feministas e defendia ideias como a visibilidade aos povos indígenas, reforma cultural nacionalista, igualdade de gêneros e liberdade artística. -
Victoria Santa Cruz - Peru
Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra (1922-2014) nasceu no Peru. Poeta, coreógrafa, folclorista e estilista, iniciou a carreira em 1958. Estudou na França e fundou a companhia Teatro y Danzas Negras del Perú. É considerada a difusora da cultura negra em seu país.É conhecida por interpretar o poema “Me gritaron negra”. Dirigiu o Instituto Nacional de Cultura peruano entre 1973 e 1982. Foi professora da Universidade Carnegie Mellon.
Faleceu aos 91 anos, em 30 de agosto de 2014. -
Irmãs Mirabal - República Dominicana
Patria (1924-1960), Minerva (1926-1960) e Maria Teresa (1935-1960) foram três irmãs dominicanas que se opuseram à ditadura de Rafael Trujillo.
No dia 25 de Novembro de 1960, quando voltavam de uma visita aos seus esposos na cadeia, foram brutalmente assassinadas por agentes do governo militar, transformando-se em símbolos da resistência popular.
O dia 25 de Novembro foi declarado pelas Nações Unidas, em 1999, como Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. -
Estela de Carlotto - Argentina
Henriqueta Estela Barnes de Carlotto (1930) é uma ativista de Direitos Humanos e presidenta da associação Abuelas de Plaza de Mayo, que tem como objetivo localizar todas as crianças desaparecidas ou sequestradas durante a ditadura de 1976-83. Dentre muitos reconhecimentos, ganhou o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas (2003) e recebeu, em Buenos Aires, um placa em homenagem à sua luta e militância (2014). Após 36 anos, Estela reencontrou o neto sequestrado durante a ditadura argentina. -
Domitila Chúngara – Bolívia
Domitila Chúngara (1937- 2012) foi uma líder trabalhista boliviana e feminista. Realizou greves contra a exploração dos trabalhos mineiros e derrubou uma ditadura na Bolívia. Em 1975, participou da Tribuna Internacional do Ano da Mulher promovida pelas Nações Unidas no México. De lá, nasceu o livro “Se me deixem falar, testemunho de uma mineira boliviana”. Faleceu em 2012 de câncer de pulmão, em Cochabamba, aos 74 anos. O Governo da Bolívia declarou 3 dias de luto nacional. -
Rigoberta Menchú - Guatemala
Rigoberta Menchú Tum (1959) é uma indígena guatemalteca do grupo Quiché-Maia.Foi contemplada com o Nobel da Paz de 1992, pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas. Ficou muito conhecida por seu livro biográfico 1982-83 “Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia”. Quando adulta, participou de protestos contra o regime militar. Em 1991, participou da elaboração da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas pela ONU.