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Queda da I República
Após os "Felizes Anos 20", a Igreja quer recuperar os direitos perdidos durante a I República (desde 5 de outubro de 1910), a alta burguesia quer riqueza, as classes médias exigem um governo forte para deter as revoltas e as classes populares -desiludidas e impacientes- protagonizam atos violentos, revolucionários, e todos se sentem atraídos pelas ideias fascistas.
Além disso, os partidos políticos opõem-se à permanência do Partido Republicano Português na direção o país. -
Golpe de Estado: o levantamento militar de Braga
Nesta altura, o general Gomes da Costa parte de Braga até Lisboa, com um grupo de militares, para acabar com o governo de Bernardino Guimarães e a I República. Chegados à capital, não encontram oposição: o Presidente da República dimitiu-se e entregou os poderes ao almirante José Mendes Cabeçadas. A partir de 28 de maio de 1926 e até 25 de abril de 1974 Portugal entra na sua etapa ditatorial.
Mais informação com imagens da época: http://ensina.rtp.pt/artigo/golpe-28-de-maio-1926/ -
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Primeiros anos da ditadura
Os primeiros anos da ditatura em Portugal foram marcados pela instabilidade em muito âmbitos, incluído a política. Após a demissão de Bernardino Guimarães, passaram pelo governo do país vários militares em poucos anos:
- Mendes Cabeçadas, de 31 de maio a 17 de junho de 1926.
- Gomes da Costa, de 17 de junho a 9 de julho de 1926.
- Óscar Carmona, de 9 de julho de 1926 a 18 de abril de 1928, que passou a ser eleito Presidente da República nas eleições de 1928 (ver evento seguinte). -
Primeiras eleições presidenciais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_presidenciais_portuguesas_de_1928 Até 1951, o Marechal Carmona será o 11º Presidente da República Portuguesa* e Oliveira Salazar, Ministro das Finanças (1928-1932), que será visto como um salvador da pátria com o lema "Tudo pela Nação, nada contra a Nação". *Apesar de os militares serem contrários à I República, não se alterou o modelo de governo, tendo Portugal, assim, três períodos republicanos: 1910-1926, 1926-1974 e 1974 até hoje. -
Levantamento contra a ditadura
Nesta altura, uma pequena revolução, sufocada em poucos dias, altera a tentativa de estabilidade política do país: http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/02/revolucao-de-20-de-julho-de-1928.html -
Criação da União Nacional
Durante a ditadura, os partidos políticos foram proibidos, salvo aquele associado ao regime e "legalmente" criado por Salazar em 1930: a União Nacional. De ideologia de extrema-direita, a partir de 1934 foi a única lista concorrente às eleições para a Assembleia Nacional, garantindo assim o monopólio de representação parlamentar até 1974. Surgiram das suas listas Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás.
Em 1968, com Marcelo Caetano, mudou para "Ação Nacional Popular", com os mesmos objetivos. -
António de Oliveira Salazar: Presidente do Conselho de Ministros
Salazar passa de dirigir a pasta das Finanças a ser Presidente do Conselho de Ministros. É visto como o salvador da Nação, depois de aplicar a sua política financeira.
Mais informação:
- Vídeo e áudio: http://ensina.rtp.pt/artigo/salazar/
- Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=eTQg_FU8ACA -
Constituição de 1933 e início do Estado Novo
A Constituição de 1933 (em vigor a 11 de abril) substituiu à de 1911 e garantia os principais direitos dos cidadãos. No entanto, subordinava-os aos interesses do Estado. Apesar de na Constituição vigorar a subordinação do Presidente do Conselho ao Presidente da República, o poder de Salazar foi sempre superior. Com a sua aplicação, Salazar considerou que começava realmente a II República Portuguesa sob o nome de "Estado Novo": https://www.youtube.com/watch?v=jZrm0IGshyE -
Nasce o MUNAF (Movimento de Unidade Nacional Antifascista)
Em dezembro de 1943 surge a organização clandestina do MUNAF, que atinge todos aqueles grupos que são contra o governo de Salazar: anarquistas, socialistas, comunistas, monárquicos, independentes, republicanos, católicos e searistas. O seu Presidente, Norton de Matos, foi Ministro das Colónias na I República, e participou nas eleições presidenciais de 1949, reivindicando a liberdade de propaganda e uma melhor fiscalização dos votos, mas afinal desistiu devido à oposição e repressão de Salazar. -
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Etapa de prosperidade
Em 1949 Portugal é um dos países da OTAN e entre os estados-membro encontra apoio para lutar contra o comunismo que se desenvolve na Península Ibérica na altura. Em 1955 Portugal faz parte da ONU, com mais 15 estados. Durante a primeira metade da década de 50, o avanço do país manifesta-se no aumento das obras civis e dos salários, tal como na prosperidade da indústria. No entanto, aumentam também a repressão e a corrupção na Administração Pública, que vão derivar na crise política de 1958. -
Eleições Presidenciais
A ala mais liberal da União Nacional (UN) pede a substituição de Salazar por Marcelo Caetano.
O candidato da UN era Américo Tomás e a oposição democrática, permitido pela primeira vez, apoiou o general Humberto Delgado como candidato independente (centro-esquerda) para tratar de derrubar o regime.
Descubra como acabam o processo eleitoral e a vida de H. Delgado:
- https://www.youtube.com/watch?v=7mfyUkCPPpw
- http://ensina.rtp.pt/artigo/humberto-delgado-o-general-mais-temido-pela-ditadura/ -
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A década de 1960: conflito, perda e fim.
Podemos caracterizar os anos de 61 a 69 como a era final de Salazar em que aconteceram, entre outras coisas, as seguintes:
CONFLITO: iniciam-se as guerras com as colónias africanas (Angola, Guiné e Moçabique).
PERDA: de Goa e Diu (Índia) e do controlo de Macau (China); de Humberto Delgado (morte 1965).
FIM: em 1968 Marcelo Caetano substitui Salazar.
Resumo completo em https://www.dw.com/pt-002/cronologia-1961-1969-in%C3%ADcio-da-guerra-colonial-e-viragem-no-destino-das-col%C3%B3nias/a-17280932 -
O Estado Novo de Marcelo Caetano
Salazar, incapacitado para governar (http://ensina.rtp.pt/artigo/quando-salazar-caiu-da-cadeira/) é substituído por Marcelo Caetano, quem foi visto como um "ar novo" para a ditadura: http://ensina.rtp.pt/artigo/os-anos-de-poder-de-marcelo-caetano/.
Entre 1968 e 1970 acontece a chamada "Primavera Marcelista": https://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_Marcelista
Apesar do esforço, as guerras estavam a acabar com metade do orçamento do Estado e com a paciência de capitães e civis. -
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Queda puxa queda
A queda de Salazar da cadeira puxou a queda do Estado Novo: greves, revoltas contra a guerra (pedia-se uma solução política e não militar), arcaicismo do Estado e a propia morte de Salazar em julho de 1970. O país entra em crise e as Forças Armadas aproveitam:
- Spinola: http://www.rtve.es/alacarta/videos/informe-semanal/informe-semanal-portugal-golpe-contragolpe-spinola-general-sin-futuro/3103185/
- Tentativa de março 74: http://ensina.rtp.pt/artigo/levantamento-militar-nas-caldas-da-rainha/ -
Fim da Ditadura e do Estado Novo: a Revolução dos Cravos
Neste dia finaliza a ditadura mais longa do s. XX na Europa. Um levantamento militar definitivo acaba com a ditadura em horas. O Movimento das Forças Armadas consegue depor os governantes -Américo Tomás e Marcelo Caetano- que entregam o poder aos militares revoltosos e são deportados.
Teve um papel importante a Junta de Salvação Nacional: http://ensina.rtp.pt/artigo/a-junta-de-salvacao-nacional-primeiro-poder-apos-a-ditadura/ Resumo final deste timeline: www.youtube.com/watch?v=-SV1EBNYup8