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Historia de Portugal: Os inícios da Guerra Colonial 1961-1969

  • Fevereiro de 1961: Início da Guerra Colonial

    Fevereiro de 1961: Início da Guerra Colonial
    O Movimento Popular e Libertação de Angola (MPLA), apoiado pela União Soviética e por Cuba, atacou a prisão de São Paulo, Luanda e no norte do território, a UPA (União das Populações de Angola) desencadeou vários ataques contra a população branca. Angola foi a primeira colónia onde se iniciou a luta armada organizada contra o domínio português
  • Março de 1961: Massacres em Angola

    Março de 1961: Massacres em Angola
    São perpetrados massacres nas regiões de São Salvador e Dembos e nos distritos coloniais de Luanda, Kwanza Norte e Uíge, em Angola, depois da agitação da UPA. Fontes da época falam na morte de 1.200 brancos e 6.000 negros. Assistiu-se à destruição de fazendas, postos administrativos e destacamentos da polícia por parte de bakongos. As operações do Exército português contra a UPA prolongaram-se durante oito meses.
  • Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias

    Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias
    A Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, criada por iniciativa do MPLA, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde e da Liga de Goa reuniu-se pela primeira vez em Casablanca (Marrocos),seu objetivo era “coordenar os esforços dos movimentos nacionalistas e estabelecer os meios efectivos para iniciar a luta contra o colonialismo português”.
  • A fuga dos estudantes de Portugal para a luta de independência

    A fuga dos estudantes de Portugal para a luta de independência
    Um grupo de 60 estudantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde e de outras colónias fogem de Portugal e da ditadura de Salazar para se juntarem à luta de libertação. A fuga clandestina mudou o futuro dos países africanos de expressão portuguesa. Alguns destes nacionalistas viriam a ser presidentes, ministros, generais ou médicos e teriam um papel relevante na condução do destino dos seus países.
  • Fim do domínio português na Índia

    Fim do domínio português na Índia
    Os mais de 450 anos de domínio português na Índia terminam a 18 de dezembro, quando as tropas indianas entram em Goa, Damão e Diu, quase sem resistência. A integração da Índia Portuguesa na União Indiana era exigida pelo primeiro-ministro indiano, Jawaharlal Nehru, desde a independência do império britânico, em 1947.
  • Luta armada alarga-se à Guiné-Bissau

    Luta armada alarga-se à Guiné-Bissau
    ace à intransigência do regime fascista português, a luta armada nas colónias portuguesas alarga-se à Guiné-Bissau. A guerra inicia-se com o ataque do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) ao quartel de Tite, no sul do país.
  • Início da guerra em Moçambique

    Início da guerra em Moçambique
    Perante a intolerância do regime português, a Frente de Libertação de Moçambique inicia a luta armada com o ataque a Chai, em Cabo Delgado. Antes desta primeira ação armada, a guerrilha tinha já iniciado a sua propaganda política, especialmente entre os macondes, etnia de religião animista que ocupa aquela zona. A Organização da Unidade Africana (OUA) reconhece o MPLA como “único representante legítimo do povo de Angola” e concede-lhe auxílio diplomático e logístico.
  • Assassinato de Humberto Delgado

    Assassinato de Humberto Delgado
    No dia 13 de fevereiro, o general Humberto Delgado é raptado e assassinado pela PIDE, os serviços secretos portugueses, em Vila Nueva del Fresno, perto de Badajoz, Espanha, com a colaboração da polícia política do regime fascista de Franco. O “general sem medo” tinha regressado clandestinamente a Portugal para participar numa reunião que alegadamente se destinava a preparar um novo golpe militar contra o regime de Salazar.
  • ONU endurece posição

    ONU endurece posição
    om o agravamento da situação em Angola, na Guiné-Bissau e em Moçambique, aumentam as condenações da política colonial portuguesa por parte da Assembleia-Geral, Conselho de Segurança e Comissão de Descolonização da ONU. No dia 10 de junho, a Comissão passa a falar em “territórios sob dominação portuguesa” e reconhece a legitimidade das lutas de libertação nacional. Aos Estados é pedido que não forneçam armas a Portugal enquanto o país mantiver a sua política colonial.
  • Rádio Libertação do PAIGC inicia emissões

    Rádio Libertação do PAIGC inicia emissões
    O PAIGC(Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) inicia as emissões da sua Rádio Libertação na Guiné-Bissau. A emissora foi um dos vários meios criados pelo partido fundado por Amílcar Cabral para difundir informação. Para divulgar os seus objetivos e êxitos militares, o PAIGC também criou boletins informativos e estabeleceu contactos com a imprensa internacional.
  • O Novo Governo em Portugal

    O Novo Governo em Portugal
    Salazar sofre um acidente e é afastado do Governo. É substituído no cargo por Marcelo Caetano (foto), antigo ministro das Colónias (1944-47) e fervoroso ativista do “Estado Novo”.O general António de Spínola assume o comando militar na Guiné, onde inicia uma operação político-militar designada “Para Uma Guiné Melhor”.
  • Marcelo Caetano visita colónias

    Marcelo Caetano visita colónias
    Marcelo Caetano (foto) visita Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Durante o seu Governo, Salazar nunca chegou a sair da Europa. A Acção Nacional Popular (ANP), o partido único, vence as eleições de 26 de outubro para a Assembleia Nacional. Caetano faz campanha a favor da manutenção das colónias e nega qualquer negociação com os movimentos independentistas: “Portugal não pode ceder, não pode transigir, não capitular na luta que se trava no Ultramar.”