-
Chegada da Família Real
As considerações sobre a Loucura no Brasil iniciaram logo após a chegada da família Real portuguesa ao Rio de Janeiro. A corte precisava organizar o pais em diversos âmbitos, entres o social e de saúde. Deixou então a Sociedade Médica do Rio de Janeiro (SMRJ) encarregada de fazer um código de posturas. Após a criação deste código, passou-se a observar as carências do local e uma das maiores preocupações avistadas foi o livre transito dos "doidos" pela cidade. -
“Trânsito livre dos doidos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro”
Artigo escrito por José Francisco. Em abril de 1836, José Francisco Xavier Sigaud, um dos responsáveis por criar o código de posturas, publicou um artigo denominado “Trânsito livre dos doidos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro” no Diário da Saúde. Linkado acima. -
Hospício Pedro II
Diante à grande insistência dos médicos da época e as reais necessidades de um local para tratamento dos loucos da então capital, Dom Pedro II, em 24 de agosto de 1841, faz um decreto que permite a criação de um Hospício e libera parte da verba necessária para sua construção. O investimento que faltava foi feito pela própria população. As obras foram feitas de 1842 a 1852, quando o Hospital foi inaugurado em Botafogo, Rio de Janeiro. -
Por dentro do hospício
Artigo sobre o Pedro II Philippe-Marius Rey era um médico francês que passou um mês acompanhando a rotina do primeiro hospital psiquiátrico brasileiro, em 1875. Philippe descreve como era o hospício da época no artigo acima. -
O auge da Lobotomia
Em 1890, o psicocirurgião alemão Friederich Golz fez um estudo que mostrava que os animais que tinham os lobos temporais removidos ficavam mais dóceis. A remoção destes lobos temporais começou a ser feita em pessoas com desvios mentais e teve seu auge em 1940, quando praticamente o mundo todo usava a Lobotomia como uma chance de cura para a loucura. -
Terapia Ocupacional
A Terapia ocupacinal passou a ser um usada como tratamento aos alienados em 1948. Dra. Nise da Silveira observou que os doentes mentais melhoravam logo após a seção de arte, por ser o momento que eles tinham para exteriorizar suas indagações. -
Fundação da Clinica Psiquiatrica Osmar Schroeder
Osmar Schroeder, joinvilense, formado pela Universidade Federal do Paraná e pós graduado em Doenças mentais. Osmar morou por alguns anos em Florianópolis, foi diretor do Hospital Colonia Santana, onde começou a implantar um modelo mais humanitário de serviço aos doentes mentais. Ao voltar a Joinville, no final de 1962, resolveu criar um hospital com a sua especialidade (psiquiatria) na cidade. -
Luta pela reforma psiquiátrica
O ano de 1978 marca o início efetivo da luta pela reforma psiquiatrica no Brasil. O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por integrantes do movimento sanitário, familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano. O movimento passa a protagonizar e construir a partir deste período a denúncia da violência dos manicômios. -
Única clínica psiquiatrica de Joinville fecha
Com a crise na previdencia o hospital teve que fechar as portas, grande parte dos leitos eram mantidos pelo governo que passou a mandar cada vez menos recursos à instituição, deixando assim, impossivel a existencia do local. Em entrevista ao jornal A Notícia em 98, Osmar Schroeder diz que a clínica nunca foi um deposito de loucos, era uma instituição de recuperação onde os familiares viviam e constante integração com o paciente, -
Primeiro CAPS no Brasil
Em março de 1986, o primeiro Centro de Atenção Psicosocial foi criado no Brasil, localizo na rua Itapeva, bairro Bela Vista, São Paulo. O CAPS funciona com atendiamento a cerca de 600 pessoas, com transtornos mentais, diariamente. -
Criação do Sistema Único de Saúde
A colocação da Organização, SUS, na constituição de 1988 permite a regulamentação de normas para a saúde mental. Permitindo que no próximo ano, 1989, o projeto de lei de Paulo Delgado sobre a reforma psiquiatrica no Brasil seja levada ao congresso. (A lei passa por diversas mudanças e é aprovada apenas em 2001) -
Criação da Ala Psiquiatrica
Em 1 de maio de 1997 foi entregue a Ala Psiquiatrica no Hospital Hans Dieter Schmidt. A ala tem 30 leitos, 15 para homens e 15 para mulheres e leva o nome do antigo hospital psiquiatrico da região: "Ala Psiquiatrica Dr. Osmar Schroeder". -
Lei n° 10.216
Lei de proteção às pessoas com transtorno mental A lei número 10.216 busca a igualdade das pessoas com transtornos mentais aos demais habitantes do Brasil. A lei promove uma nova forma de tratar estas doenças, indicando tratamento humanitário, internação apenas em últimos casos e não em "prisões" como costumava ser no passado. -
Queda no número de leitos
No período de 1996 até 2004, o número de leitos em hospitais psiquiátricos caiu de 72.514 para 48.344. Houve também um amplo incremento no número de Caps, de 154 serviços viventes em 1996 para 554. -
Reforma da Ala Psiquiátrica
Após a lei 10.216 ter sido aprovada em 2001, os cuidados com os pacientes de saúde mental passaram a ser diferenciados. O Hospital Regional passou por uma reforma, retirada de grades por exemplo, para uma maior humanização da ala. O modo de tratar os internos também ficou diferente, desde 2009 os profissionais passaram a integrar mais o paciente com o mundo fora do hospital, deixando-os mais a par possivel do que acontece fora do ambiente,