-
Os Condenados - Oswald de Andrade
Os Condenados é o nome dado a trilogia escrita por Oswald de Andrade ao longo dos anos 1917 e 1921. Além da linguagem inovadora, a trilogia é um retrato ficcional das dificuldades enfrentadas pelos primeiros modernistas na conservadora sociedade paulistana, entre as décadas de 1920 e 1930. -
Memórias sentimentais de Jão Miramar – Oswald de Andrade
O romance de Oswald de Andrade esta inserido no contexto modernista na medida que este busca desconstruir as bases da forma tradicional da narrativa de ficção. A narrativa da vida de João Miramar não é uma história extraordinária, é uma história próxima da conhecida pela população brasileira, tal marco é proposital nesta obra, uma vez que assim como as demais obras modernas, busca banalizar a vida burguesa. Os capítulos são extremamente curtos, onde conta com apenas uma frase. -
Pathé-Baby - Antônio de Alcântara Machado
Pathé-Baby é um livro de crônicas e impressões referentes à uma viagem que Antônio de Alcântara Machado realizou. A obra é escrita em trechos rápidos, frases curtas e palavras soltas, com abunância de pontos finais e a ausência de letras maiúsculas, é notável também a influência de autores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Um fato marcante em relação ao enredo é a presença de flashs e o diálogo entre literatura e cinema. -
Amar, verbo intransitivo – Mario de Andrade
Publicado em 1927 chama a atenção principalmente pela linguagem, muito criticada na época por talvez ser considerada “errada” por afastar-se do português tradicional ao imitar o padrão coloquial. É moderna pois: não apresenta capítulos definidos, apresenta prosa telegráfica, expressionismo, é construído através de flashes, resgatando o passado ou fixando o presente.O romance por fim apresenta no próprio título uma contradição, o verbo amar é transitivo, e não intransitivo. -
Macunaíma – Mário de Andrade
Nela Mario de Andrade reúne temas e assuntos heterogêneos de origem variada, entre elas a indígena. A obra herda a malandragem presente em Memórias de um Sargento de Milícias, agora agregada a valores da cultura indígena, a obra toma vertentes literalmente mais brasileiras. A obra se caracteriza pelo tom nacionalista crítico, sem xenofobia. Assim, a obra concretiza as propostas do seu movimento denominado Antropofagia, que buscava igualdade real da cultura brasileira com as demais. -
O Quinze – Rachel de Queiroz
É uma obra que se assemelha à Vidas Secas, de Graciliano Ramos. O romance da escritora retrata a esperança, a morte, o milagre, a fome e a fé dos retirantes de que um chuvoso melhoraria a vida dos retirantes nordestinos. O romance narra a saga dos retirantes durante a seca de 1915, que também marcou presença na vida da escritora. Se contrapõe aos romances do romantismo brasileiro, assim como renova a ficção regionalista, marcante na segunda fase do modernismo brasileiro. -
Menino de Engenho - José Lins do Rego
Narrada em 1ª pessoa pelo personagem Carlos Melo, aponta suas tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência. A intenção era escrever a biografia de seu avô,um coronel nordestino e ao mesmo tempo uma autobiografia de sua infância. No entanto,a obra toma vertentes modernistas,apresenta a realidade nordestina e seus problemas,com uma linguagem nova. A obra é uma história típica,natural e sem retoques de uma criança,o que contradiz as heranças tradicionais de uma obra rebuscada. -
Os Ratos – Dyonelio Machado
A obra não conta com linguagem rebuscada, pelo contrário, apresenta uma linguagem direta, econômica e simples, onde não demonstra empolgação por parte do eu lírico, apenas a angustia do protagonista em encontrar uma resolução para seu problema. A obra descreve uma sociedade faminta por dinheiro, que contribui para o enredo da história. O escritor era comunista, o que evidencia a crítica ao capitalismo, pelo qual nessa obra critica a existência alienada do homem no capitalismo. -
Angústia – Graciliano Ramos
Tem como principal característica descrever os estados de espírito dos indivíduos que questionam-se o tempo todo sobre si e o mundo, o que justifica também o título da obra. A linguagem é breve e sintética marca típica deste autor, assim como também do modernismo brasileiro. O protagonista é um funcionário público e escritor medíocre que afunda em ciúmes a ponto de cometer um ato extremo. Trata-se de uma obra regionalista, ressaltando o homem hostilizado pelo ambiente. -
Capitães da Areia - Jorge Amado
Um ponto desta obra é como Jorge Amado narra a violência social e agressões em reformatórios,acabando por criticar o governo Vargas.O romance retrata o cotidiano de um grupo de meninos de rua,procurando mostrar não apenas os assaltos e as atitudes violentas de sua vida marginalizada,mas também as aspirações e os pensamentos ingênuos,comuns a qualquer criança,marca também de como o ambiente é determinante nas aspirações do indivíduo, o que se agrava quando este indivíduo é uma criança abandonada. -
Vidas Secas – Graciliano Ramos
Graciliano Ramos em sua obra regionalista Vidas Secas, semelhante ao Quinze de Rachel de Queiróz, obra narra a saga de uma família de retirantes durante a seca nordestina. A obra denuncia a precaridade da sociedade nordestina, assim como o afastamento que as famílias pobres tinham em relação ao centro e às grandes cidades, retratando as mazelas sociais ao qual estes povos passavam. -
Infância - Graciliano Ramos
Em infância, Graciliano Ramos um período que vai dos seus dois anos até a puberdade. Se assemelhando a uma autobiografia, a obra narra o redescobrimento de mundo passado por um jovem nordestino, repleto de lembranças dolorosas frutos do desprezo passado pelo eu lírico como sujeito social. A obra também faz uma crítica á ética pedagógica, trazendo fatos como práticas punitivas grosseiras contra os alunos.