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Jan 6, 1412
Nascimento
Joana D’Arc nasceu na comuna de Domrémy (que posteriormente foi nomeada de Domrémy-la-Pucelle em homenagem ao epíteto que a guerreira usava), na região de Lorena, na França. -
1422
Infância
A garota era a caçula entre quatro filhos do casal de agricultores e artesãos Jacques d’Arc e Isabelle Romée. A família era muito religiosa, inclusive Joana, que frequentava a Igreja com regularidade.
Quando era criança, presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. -
1425
Vozes do além
Aos 13 anos de idade, D’Arc revelou ter ouvido vozes e ter tido visões pela primeira vez. A garota estava no jardim de seu pai e recebeu aparições do que acreditou ser o arcanjo São Miguel, a Santa Catarina de Alexandria e a Santa Margarida de Antioquia, figuras que vieram lhe dizer que ela deveria integrar o exército francês e ajudar o rei Carlos VII na luta contra a Inglaterra. -
1429
Chamado do Rei
Após de anos de humilhação e de derrotas uma atrás da outra, o exército e a liderança civil da França estavam desmoralizados e em descrédito. Quando Carlos atendeu ao pedido de equipar Joana para a guerra e coloca-la à frente de seu exército. Nesta época Joana estava com 17 anos -
1429
Liderando o exército
De acordo com a filósofa Siobhan Nash-Marshall, autora do livro Joan of Arc: A Spiritual Biography (1999), na primeira batalha que D’Arc participou, na região de Orleães, ela forneceu impulso moral aos civis e soldados franceses: “A moral francesa era tão baixa antes de ela aparecer que os franceses até perdiam as lutas em que eram maiores em exército do que os anglo-borgonheses. Normalmente, eles preferiam simplesmente ficar fora do campo de batalha”, escreve a pensadora. -
Jul 17, 1429
Guerra dos 100 anos
Com as seguintes vitórias franceses, havia chegado o momento ideal para coroar e consagrar a realeza de Carlos VII. A cerimônia aconteceu em 17 de julho de 1429 na cidade de Reims, que estava há pouco sob controle dos anglo-borgonheses e agora, graças aos esforços do exército e de D’Arc, havia voltado a integrar o reino da França. -
1430
Dissolução do Exército da França
O governo real decidiu dissolver o exército e iniciou uma campanha em busca de diplomacia e consolidação de seus ganhos anteriores. Com essa nova medida, D’Arc já não tinha mais apoio para empreender sua luta: nem armamento, equipamento e, muito menos, homens. Sem o suporte do rei, ela continuou a participar de batalhas por conta própria com pouquíssimos militares. -
May 23, 1430
Bruxa
Para os ingleses, ela era, na realidade, uma bruxa possuída pelo diabo. A ideia de que Deus estaria apoiando a França em detrimento deles não era nenhum pouco atraente.
Em maio de 1430,foi tomada pelos inimigos e ela decidiu ir – mesmo já tendo recebido os avisos divinos de que ela seria capturada pelos ingleses. Como era de se esperar, a força do exército anglo-borgonhês era muito maior do que a sua. Em 23 de maio, ela foi capturada pelas tropas de borgonhesas. -
1431
Julgamento
Em 1431, D’Arc foi levada para julgamento e as acusações que pairavam sobre si eram todas de ordem religiosa. Ela foi chamada de bruxa, herege, possuída pelo demônio, entre outros. Sua virgindade foi questionada e até o fato de ela utilizar roupas masculinas foi uma alegação que os anglo-borgonheses utilizaram para descreditar a camponesa. -
May 31, 1431
Morte
Em 30 de maio de 1431, com penas 19 anos, Joana D’Arc foi levada para a fogueira. Enquanto o fogo se espalhava por seu corpo e a plateia a chamava de “bruxa”, “mentirosa” e “blasfema", ela pronunciava suas últimas palavras, “Jesus! Jesus! Jesus”, até não conseguir dizer nada mais. -
Canonização
Apesar de ter morrido como herege e bruxa, nos séculos seguintes, a história de D’Arc foi revisitada. Durante a década de 1456, a camponesa foi considerada inocente pelo Papa Calisto III. Em 1909, cinco séculos depois, a Igreja Católica autorizou a beatificação da moça. Em 1920, ela é finalmente canonizada pelo Papa Bento XV. Hoje, ela é considerada um ícone sagrado na França e também está sincretizada em religiões afro-brasileiras, como a orixá Obá.