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Companhia Mate Laranjeira
percebendo a grande quantidade de ervais na região, Thomas Laranjeira solicitou do Governo Federal, em 1882, o arrendamento das terras no sul do então Estado de Mato Grosso para explorá-las e, fundou, em 1892, a Companhia Mate Laranjeira. Com a República, as terras devolutas – aquelas que originalmente pertenciam à União – passaram para a responsabilidade dos estados, o que favoreceu os interesses da Cia. Mate Laranjeira, o Decreto nº 520, de 23/06/1890, ampliou os limites da posse da Cia. -
Erva-mate, a primeira riqueza extraída do território indígena – periodo de 1880 a 1940
a ocupação sistemática do território guarani por diversas frentes de exploração econômica, no sul do então estado de Mato Grosso. Podemos afirmar que a partir dessa data a história dos Guarani e Kaiowá, nessa região, vem fortemente marcada pelos rumos dessa exploração econômica: inicialmente, da erva-mate, a seguir a implantação dos projetos agropecuários e de colonização. -
O confronto com colonos e projetos agropecuários - Marcha para o Oeste -.
Em 1943, o então Presidente da República, Getúlio Vargas, criou em pleno território indígena a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) que tinha como objetivo possibilitar o acesso à terra a milhares de famílias de colonos, migrantes de outras regiões do país. A criação dessa e de outras colônias agrícolas nacionais situou-se dentro da política da “Marcha para o Oeste”, buscando incorporar novas terras e aumentar a produção de alimentos e produtos primários. -
advento da mecanização da lavoura de soja
A introdução da soja, a partir da década de 1970, junto com a ampla mecanização das atividades agrícolas, provocou o fim das aldeias-refúgio nos fundos de fazendas, nas quais os Kaiowá e Guarani resistiam. A produção comercial em monocultura comprometeu a biodiversidade, substituindo os restos de mata, capoeiras e campos. Com a criação do Pró-álcool, no início da década seguinte, são instaladas as primeiras usinas de produção de açúcar e álcool em Mato Grosso do Sul. -
Chefe de Posto e capitão da Aldeia
o período anterior à promulgação da atual Constituição Federal (1988), o chefe do Posto
Indígena e o „Capitão‟ indígena nomeado pelo órgão indigenista oficial eram as pessoas
imbuídas de autoridade para conduzir e orientar os interesses identificados como sendo
de toda a população indígena. Tal arranjo institucional assegurou por muito tempo as
condições mínimas de funcionalidade do sistema político aí instituído. ainda que obsoleto é o que há até os dias de hoje. -
Mato Grosso do Sul registra um suicídio de indígena a cada dez dias
http://oglobo.globo.com/brasil/mato-grosso-do-sul-registra-suicidio-de-um-indio-cada-dez-dias-3122528 como forma de pedir socorro pela negação aos seus direitos humanos, muitos jovens guaranis, suicidam-se como forma de quebrar o silencio. -
A RETOMADA DO tekorá
ÍNDIOS CONFINADOS EM PEQUENOS GUETOS SE MOBILIZAM PARA RETOMAR SUAS TERRAS TRADICIONAIS. Segundo informações de uma das lideranças de Kurussu Amba, a SESAI (Secretária Especial de Saúde Indígena) foi acionada às 5 horas da manhã, mas como não houve o atendimento necessário, Jadson veio a óbito às 07:50 da manhã. A LUTA INDIGENA tem um histórico de mortes de crianças devido à desnutrição infantil e omissão do Poder público no que se refere a atendimento médico. -
a situação de abandono e luta por seu território
Nos últimos anos, os governos implantaram vários programas sociais que asseguram o fornecimento de cestas básicas, bem como outros programas de seguridade social, como bolsa escola e auxílio maternidade. A mudança na dieta alimentar criou o problema da carência de proteínas, vitaminas e outros nutrientes, já que a alimentação fornecida é baseada na oferta de energéticos (carboidratos, amidos e açucares).