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9000 BCE
O homem pré-histórico já mascava chiclete?
Pelo jeito, os homens da Pré-História curtiam um chicletinho, sim. Os primeiros indícios disso foram identificados, pelos cientistas, numa espécie de goma de mascar datada de 9000 a.C., que tinha marcas de mordidas de gente das cavernas. Em 2019, outro "chiclete da idade da pedra", com cerca de 6000 anos, foi capaz de revelar o DNA de quem o mascou: Lola (assim a batizaram os pesquisadores), uma garota escandinava de olhos claros e pele e cabelo morenos. -
4000 BCE
Os gregos mascavam resina de árvore, contra o mau-hálito
Grego das antigas com bafo?! Não para os que mascavam a goma da mástique - uma árvore cuja resina se acreditava aliviar o mau hálito e curar doenças. -
2000 BCE
Os maias mascavam o látex do sapoti e o chamavam de chicle
Mascar o látex do sapotizeiro foi, para os maias, uma forma de enganar a sede e a fome especialmente durante as viagens. Eles chamavam esta resina mascável de chicle (olha aí a origem do nome!). -
O lenhador John Bacon Curtis inicia a produção comercial do chiclete
Inspirado no hábito dos índios norte-americanos, que mascavam o látex do abeto (aquele pinheiro natalino clássico de filme estadunidense), o lenhador John Bacon Curtis decidiu criar sua própria goma de mascar: ferveu a resina do abeto, cortou-a em pequenas tiras, polvilhou amido de milho nelas (Maizena, pra quem não sabe) e colocou a gororoba pra jogo: vendeu que nem água! Surgia, ali, o primeiro comércio de chicletes do mundo, localizado na cidade de Portland, Maine, Estados Unidos. -
É fundada a Adams, a gigante chicleteira
Outro que se inspirou nos chicleteiros ancestrais das Américas foi Thomas Adams Junior: curioso sobre a goma mascada lááá pelos maias, o nova-iorquino resolveu testar sua própria receitinha de chiclete de sapoti. Achou que ficou bacana e passou a vender a goma nas farmácias da cidade, a 1 centavo de dólar cada. Foi o início da famosa fábrica de chicletes Adams. -
Frank Fleer funda a Chiclets
O norte-americano Frank Fleer já era um pequeno fabricante de gomas há algumas décadas quando, percebendo a expansão do mercado, quis lançar um novo chiclete para ficar "pau a pau" com a concorrência: criou o até hoje famoso Chiclets, em 1906. Na época, era uma goma de mascar coberta com confeito de amêndoas. Se popularizou tanto que virou sinônimo de chiclete no mundo. Duas décadas mais tarde, a Fleer seria comprada pela Adams. -
O chiclete de bola é criado
Walter Diemer era contador na fábrica de Fleer e foi o inventor do chiclete de bola - este mesmo, o que a gente masca e sopra na maior alegria, já sabendo que ele vai estourar e grudar todo na nossa cara e cabelos. Por quase vinte anos, Fleer tentou criar a bendita goma que estourasse; foram várias receitas e noites em claro, sem sucesso. Passou a bola para os funcionários e Diemer, mesmo sem entender nada de química, chegou ao resultado: nascia o chiclete de bola, em 1928, e era cor-de-rosa. -
Ping Pong, o queridinho das crianças brasileiras
O chiclete se popularizou na 2ª Guerra: mascá-lo era sinônimo de "relax". As primeiras gomas apresentadas aos brasileiros vieram por soldados americanos, na base de Natal. Embora a Adams estivesse no país na década de 40, foi o Ping Pong que ganhou o coração das crianças daqui. A Adams mirava os adultos; o Ping Pong, criado em 1945 pela Kibon (isso, a dos sorvetes), foi pensado para conquistar a meninada - e conseguiu, com publicidade elaborada e, o "pulo do gato", suas figurinhas colecionáveis.
