-
Richard Nixon - Estados Unidos
Nixon não ganhou só uma como duas eleições diretas à presidência. Apesar de enfrentar grandes protestos nacionais contra a Guerra do Vietnã, o republicano gozava de uma alta taxa de aprovação. Em 1972, ganhou em 49 Estados – só perdeu no Massachusetts e na capital Washington. Mas o caso de Watergate fez o presidente renunciar ao cargo antes do processo chegar as vias de fato. Nixon não foi cassado, mas é, até hoje, o único presidente da história dos Estados Unidos a renunciar ao cargo. -
Abolhassan Banisadr - Irã
Banisadr foi o primeiro presidente eleito do Irã depois da Revolução Iraniana, em 1979, que depôs a monarquia. O processo teve origem em maio de 1981, quando Banisadr foi acusado pela oposição de tomar medidas contra os clérigos no governo, em especial o Ministro da Justiça, mas oficialmente, o Parlamento abriu o procedimento de impedimento por “incompetência” Banisadr, que considera ter sofrido um golpe de Estado, exilou-se e, hoje, vive em Versailles, na França. -
Fernando Collor de Mello - Brasil
Collor foi o primeiro presidente diretamente eleito no Brasil depois da redemocratização, em 1985. Mas, em maio de 1992, pouco mais de dois anos após assumir o mandato, seu irmão acusou o tesoureiro de sua campanha de ser um laranja para desvios de dinheiro público e uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) foi aberta em junho do mesmo ano para investigar o presidente. O carioca foi afastado para aguardar julgamento no Senado Federal, mas no dia 29 de dezembro antes de se defender, renunciou. -
Bill Clinton - Estados Unidos
Não foi o clima de instabilidade civil ou acusações de conivência com atos ilícitos que culminaram na abertura do processo de impeachment do presidente, mas uma mentira sobre relações sexuais dentro da Casa Branca. O presidente foi acusado de ter tido um caso com a estagiária Monica Lewinsky dentro da residência oficial. Em 1998, o Congresso abriu o processo sob as acusações de perjúrio e obstrução de justiça, mas seu mandato salvo pelo Senado em fevereiro de 1999. -
Joseph Estrada - Filipinas
Ator popular dos anos 1970 e 1980 nas Filipinas, Estrada chegou a presidência com a maior margem eleitoral já registrada no país, mas sua popularidade não durou muito. Afundado em denúncias de corrupção, o Congresso abriu um processo contra seu governo em novembro de 2000. Ele foi afastado e preso dois meses depois em sua casa em San Juan. Seu julgamento só ocorreu em setembro de 2007. Atualmente, o ex-presidente ocupa o cargo de prefeito de Manila, capital do país, desde 2013. -
Rolandas Paksas - Lituânia
Quando Paksas foi eleito presidente, em fevereiro de 2003, ele já havia ocupado o cargo de primeiro-ministro durante dois anos, de 1999 a 2001. Menos de um ano depois de ser empossado, no entanto, enfrentou denúncias de ligação com máfia russa. A oposição acusava-o de ter concedido ao dono da empresa de aviação Avia Baltika, em troca de doações para campanha.
Ele foi considerado culpado pelo Parlamento lituano no final de março de 2004 e teve de deixar o cargo poucos dias depois. -
Fernando Lugo - Paraguai
Fernando Lugo teve o processo de impeachment mais rápido do mundo moderno: pouco mais de 24 horas. No dia 20 de junho de 2012, o Partido Colorado, que Lugo havia tirado da poder depois de 61 anos, entrou com um pedido de julgamento político no Congresso Nacional para responsabilizar o presidente por uma ocupação de terras do movimento sem terra do país que, durante a reintegração de posse, resultou em 17 mortes. -
Viktor Yanukovych - Ucrânia
Em seu segundo mandato, Yanukovych enfrentou a principal onda de protestos da Ucrânia desde a redemocratização, após o fim da União Soviética. Protestos populares tomaram o país em 2013 por quase 100 dias no episódio que ficou conhecido como Primavera Amarela. Em 22 de fevereiro de 2014, um dia depois de Yanukovych declarar na televisão que não iria renunciar, mais de dois terços do Congresso ucraniano votou pela sua remoção do cargo. Sem apoio popular, Yanukovych acabou expulso de seu partido. -
Dilma Rousseff - Brasil
O processo iniciou-se com a aceitação pelo presidente da Câmara dos Deputados, de uma denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. As acusações versaram sobre desrespeito à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa. No entanto, vários juristas ainda contestam a denúncia das "pedaladas fiscais" não caracterizarem improbidade administrativa.