O Ano da Morte de Ricardo Reis - X

1 - Conversa com Lídia

Mar 11, 1936

“Nessa noite [quarta-feira] Ricardo Reis disse a Lídia que tinha alugado casa. Ela chorou algumas lágrimas [...]" e é reconfortada com as palavras “Deixa, vemo-nos nos teus dias de folga.”

5 - Rua dos Correeiros

Mar 12, 1936

Quando a noite fecha nessa quinta-feira, Ricardo Reis decide ir jantar fora num restaurante de sobreloja na Rua dos Correeiros. Durante o jantar, ao observar as pessoas que ali estão, reflete sobre a monotonia da sua atual situação. Sente saudades do Hotel Bragança.

4 - Barcos cacilheiros

Mar 12, 1936

A janela da sua casa permitia ver o 'largo rio', na qual deslizavam sobre as águas pardas os Barcos Cacilheiros.

6 - Hotel Bragança

Mar 12, 1936

Depois de jantar dirige-se ao Hotel Bragança onde comunica a Salvador que irá sair do Hotel para ir viver para outra casa. “O caso é que vou sair do seu estimado hotel, arranjei casa.”

3 - Alto de Santa Catarina

Mar 12, 1936

"Para o fim da tarde tomou Ricardo Reis um táxi [...] Levou tudo à Rua de Santa Catarina"

2 - Carta a Marcenda

Mar 12, 1936

"No dia seguinte Ricardo Reis foi às lojas" fazer compras para a casa que ficou em nome do anterior inquilino, durante esse tempo recorda-se do Rio de Janeiro. "Num intervalo destes passos escreveu uma carta breve a Marcenda, dava-lhe a nova morada".

9 - A meio da rua os operários da Frente Alemã do Trabalho

Mar 14, 1936

Na mudança do hotel para o Alto de Santa Catarina, cruzam-se com 23 carros elétricos apinhados de alemães, operários da Frente Alemã do Trabalho "a caminho da Torre de Belém, do Mosteiro dos Jerónimos, e outras maravilhas de Lisboa, como Algés, Dafundo e Cruz Quebrada".

7 - Chiado

Mar 14, 1936

No sábado, depois de almoço, Ricardo Reis dirigiu-se ao Chiado para contratar dois moços de fretes.

12 - 6.º Encontro com Fernando Pessoa

Mar 14, 1936

“Ainda não são dez horas quando Ricardo Reis se vai deitar [...] Levou um livro para a cama, pegara em dois [...] o deus do labirinto, [...] Sermão da Primeira Dominga da Quaresma" (Padre António Vieira). Acorda, sobressaltado, com alguém a bater à porta: era Fernando Pessoa, conversam sobre solidão.

11 - A nova casa

Mar 14, 1936

“São sete e meia, a chuva não parou” e Ricardo Reis, já na sua casa, fica a olhar para a rua da sua janela “sem cortinas", abre as torneiras de casa, acende as luzes, desfaz as malas e faz a cama.

8 - Rua do Alecrim

Mar 14, 1936

Após contratar os moços, para não descer a Rua do Alecrim em guarda de honra, combinaram no Hotel a uma hora.

10 - Estátua do Épico

Mar 14, 1936

Já vindos do Hotel de cabeça baixa devido à carga, Ricardo e os moços passaram a praça onde se encontra a Estátua de Camões em direção ao Alto de Santa Catarina.