Golpe de 1964 e Ditadura Militar

  • Golpe militar depõe governo constitucional

    Golpe militar depõe governo constitucional
    Em 31/março, o general Olímpio Mourão Filho manda sua tropa marchar em direção ao Rio precipitando o golpe que vinha sendo articulado pela oposição do governo Jango
    A sede da UNE, onde se tentava articular a resistência ao golpe, foi incendiada(foto)
    Em 2/abril Jango saiu de Brasília e foi para o RS. A oposição declarou vaga a Presidência da República, embora ele não tivesse renunciado ao cargo nem deixado o país. Ranieri Mazzilli, assumiu o lugar de Jango, que, após 2 dias, exilou-se no Uruguai
  • Cassado, Juscelino parte para o exílio

    Cassado, Juscelino parte para o exílio
    É cassado o mandato do senador Juscelino Kubitschek juntamente com outros 39 políticos.
    Sua expectativa era a de disputar a eleição presidencial prevista para outubro de 1965. A suspensão dos direitos políticos do ex-presidente, contra quem não pesavam acusações de subversão, foi anunciada no programa "A Voz do Brasil".

    Surpreendido, JK tornou-se alvo de Inquéritos. Uma semana depois de cassado, JK embarcou para o exílio na França(foto), de onde retornaria somente em outubro do ano seguinte.
  • Costa e Silva é eleito presidente

    Costa e Silva é eleito presidente
    O general Arthur da Costa e Silva(foto) é eleito indiretamente presidente da República. Costa e Silva tomaria posse em 15/03/1967, tendo como vice Pedro Aleixo, da Arena, um liberal da extinta UDN.
    Seu breve governo seria marcado por uma sucessão de crises políticas, forte escalada da repressão aos movimentos sociais e início do enfrentamento entre a ditadura e as organizações revolucionárias.
    Em dezembro/1968, ele iria editar o Ato Institucional nº 5, radicalizando o regime ditatorial no país.
  • Jango, JK e Lacerda criam Frente Ampla

    Jango, JK e Lacerda criam Frente Ampla
    Lançado por Carlos Lacerda,Jango e JK,o manifesto da Frente Ampla marca o início de um processo de articulação de diferentes segmentos da oposição política à ditadura. Eles foram os principais líderes dos 3 maiores partidos existentes antes de 1964
    Apesar de suas diferenças,eles se uniram para tentar apressar o fim do regime, mas não conseguiam avançar. Sua breve existência serviu para deixar claro que, na nova ordem, estabelecida pelos militares e seus aliados, não havia lugar para a democracia
  • Governo põe Frente Ampla fora da lei

    Governo põe Frente Ampla fora da lei
    Costa e Silva expede a Portaria nº 177, restringindo atividades da Frente Ampla em todo o território nacional. O dep. Mario Covas afirma que a medida é “um ato de violência que fere a própria legalidade instituída pela Revolução de 1964 e inicia a escalada para a ditadura franca”. A portaria também mandava apreender todas as publicações que divulgassem atividades da Frente Ampla ou pronunciamentos de políticos cassados.
    Era o fim da articulação que reunia JK e Jango e Carlos Lacerda.
  • AI-5 confere poder total aos militares

    AI-5 confere poder total aos militares
    O min.da Justiça,Gama e Silva,anuncia o Ato Institucional n5,com 12 artigos liquidando os resquícios do Estado de Direito e das liberdades.Assim,Costa e Silva teria poderes para:fechar Congresso,Assembleias,Câmaras Municipais,intervir nos estados/municipios e afastar min.do STF.
    O texto de Gama e Silva foi apresentado na reunião do Conselho de Segurança Nacional.Dos 24,apenas o vice Aleixo foi contrário.
    A maioria justificou o Ato como necessário para“preservar a revolução”e“a ordem democrática”
  • Justiça e paz nasce em tempo de terror

    Justiça e paz nasce em tempo de terror
    Nasce a Comissão Justiça e Paz de São Paulo por iniciativa do cardeal dom Evaristo Arns, arcebispo da cidade. Tornou-se um símbolo de resistência contra o arbítrio e violação dos direitos humanos pela ditadura, amparando centenas de perseguidos políticos e seus familiares.
    Segundo d. Paulo, o grupo nasceu em tempos terríveis e por sua causa. Sobreviveu e cresceu pela invenção contínua da coragem e da fé – fundamento do que se espera, certeza do que não se vê.
  • Jango morre no exílio argentino

    Jango morre no exílio argentino
    Jango morre na Argentina.Sua cassação de direitos políticos havia terminado em 76,mas não pode retornar
    Teria infartado,mas se investiga envenenamento.A morte ocorreu menos de 4 meses depois de JK
    Geisel só autorizou o enterro no RS com anonimato,mas muitos aguardavam na igreja para o funeral
    Suspeitas do assassinato foram reforçadas em jan/2008 por ex-agente da repressão uruguaia(suposta troca de remédios).Teria sido alvo da Op. Condor(org. secreta de repressão das ditaduras latinas na déc.70).
  • Mulheres reagem: quem ama não mata

    Mulheres reagem: quem ama não mata
    Um grupo de mulheres no Teatro Municipal de SP protestam contra violência doméstica e todas formas de agressão à mulher. Denunciavam a impunidade de agressões e assassinatos e a aceitação, nos tribunais, da tese da legitima defesa da honra.
    Foram cobradas mudanças no Cód. Penal, para corrigir leis discriminatórias, e políticas públicas para combater as agressões. A partir daquele ato público, o 10 de Outubro passou a ser reconhecido como Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher.
  • Tancredo negocia transição sem golpe

    Tancredo negocia transição sem golpe
    O min.do Exército, Walter Pires, divulga nota que o Exército estava disposto a apoiar o projeto da abertura do presidente João Figueiredo, consolidando a eleição do futuro presidente. A oposição interpretou como sinal de que a vitória de Tancredo Neves (jan/1985), seria aceita.
    Encerrando boatos sobre articulações golpistas nas Forças Armadas. O apoio de comunistas ilegais a Tancredo alimentava tensão com militares.
    No mesmo dia, o Exército informa substituição do comandante militar do Planalto.