História do Autismo

  • Conceito de autismo segundo Eugen Bleuler

    Conceito de autismo segundo Eugen Bleuler
    O psiquiatra suíço, Bleuler, usa pela primeira vez o termo “autismo” para para designar a perda do contato com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação.
  • Hans Asperger

    Hans Asperger fez a descrição de quatro crianças que apresentavam dificuldade de socialização e as denominou de “psicopatia da infância”. Elas apresentavam o desenvolvimento da fala muito formal, sendo chamado de pequenos professores. Em relação aos outros aspectos que envolvia a linguagem, tais como a comunicação não verbal, a gestualidade, a empatia, Asperger observou nas crianças um certo comprometimento chamados de Transtornos Globais do Desenvolvimento.
  • O autismo e o transtorno Asperger

    As observações dos casos de Kanner e Asperger apresentam semelhanças e diferenças. No que tange às diferenças, é interessante apresentar que Asperger se intrigava com o
    aspecto educacional dessas crianças, já nos estudos de Kanner essa preocupação não teve a mesma importância. As diferenças são evidentes, principalmente no desenvolvimento da comunicação e da linguagem. Com isso, essas diferenças caracterizaram quadros distintos, tais como: a) o autismo e b) o transtorno de Asperger
  • As contribuições de Leo Kanner

    As contribuições de Leo Kanner
    Leo Kanner, psiquiatra austríaco, publica a obra “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. Nela, descreveu casos de onze crianças que tinham em comum “um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da mesmice, denominando-as autistas” e usou o termo “autismo infantil ”, pois sintomas já apareciam na primeira infância.Sugeriu que se tratava de uma inabilidade inata para estabelecer contato afetivo e interpessoal, e que era uma síndrome bastante rara.
  • As observações de Leo Kanner

    As observações de Leo Kanner
    Ele observou que essas crianças respondiam de maneira incomum ao ambiente, incluíam maneirismos motores estereotipados, resistência à mudança ou insistência na monotonia, bem como aspectos não usuais das habilidades de comunicação, tais como a inversão dos pronomes e a tendência ao eco na linguagem – ecolalia.
  • Hans Asperger

    Asperger descreveu casos em que havia algumas características semelhantes ao autismo em relação às dificuldades de comunicação social em crianças com inteligência normal.Ele observou que o padrão de comportamento e habilidades que descreveu, ocorria preferencialmente em meninos, que essas crianças apresentavam deficiências sociais graves – falta de empatia, baixa capacidade de fazer amizades, conversação unilateral, intenso foco em um assunto de interesse especial e movimentos descoordenados.
  • Conceito de TGD

    Estes transtornos do desenvolvimento humano foram designados de Transtornos Globais do Desenvolvimento, caracterizando-se por um comprometimento grave e global em diversas áreas do desenvolvimento,tais como: habilidades de interação social, habilidades de comunicação ou presença de estereotipias
    de comportamento, interesses e atividades. Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam um desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo
  • TGD

    Os TGD constituem um conjunto composto pelo autismo e outros transtornos que estão associados a este espectro, tais como: Transtorno de Rett; Transtorno Desintegrativo da Infância; Transtorno de Asperger e TGD Sem Outra Especificação; além de estarem incluídas outras nomenclaturas referentes ao autismo como: autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais _ DSM-IV, 2002).
  • Publicação da Primeira edição do DMS-l

    DSM-I – A Associação Americana de Psiquiatria publica a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais. Esse manual fornece uma nomenclatura e critérios padrão para o diagnóstico de transtorno mental. Nesta primeira edição, sintomas autísticos semelhantes eram classificados como um subgrupo da esquizofrenia infantil. Autismo não era considerado como um diagnóstico separado.
  • DMS-ll

    DSM-II – É publicada a segunda edição do Manual Doenças Mentais, que refletia a predominância da psicodinâmica psiquiátrica. Sintomas não eram especificados com detalhes em determinadas desordens. Eram vistos como reflexos de grandes conflitos subjacentes ou reações de má adaptação aos problemas da vida, enraizados em uma distinção entre neurose e psicose.
  • Michael Rutter

    Michael Rutter– Classifica o autismo e propõe sua definição com base em quatro critérios: 1) atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual; 2) problemas de comunicação e novamente, não só em função de deficiência intelectual associada; 3) comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e maneirismos; e 4) início antes dos 30 meses de idade. Ao classificar o autismo, Michael Rutter cria um marco divisor na compreensão desse transtorno mental.
  • DSM-III

    DSM-III – a definição de Rutter influenciaram a definição desta condição no DSM-III, quando o autismo, pela primeira vez foi reconhecido e colocado em uma nova classe de transtornos: os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – TIDs. Esse termo foi escolhido para refletir o fato de que múltiplas áreas de funcionamento do cérebro eram afetadas no autismo e nas condições a ele relacionadas. – CID-1,
  • DSM-IV

    DSM-IV – novos critérios potenciais para o autismo, bem como as várias condições candidatas a serem incluídas na categoria TID, foram avaliados em um estudo internacional, multicêntrico, que incluiu mais de mil casos avaliados por mais de 100 avaliadores clínicos. Os sistemas de avaliação do DSM-IV e da CID-10 tornaram-se equivalentes para evitar uma possível confusão entre pesquisadores e clínicos, que trabalhavam em diferentes partes do mundo guiados por um ou por outro sistema nosológico.
  • LDB

    Segundo a LDB nº 9.394/96, o atendimento educacional especializado deve ser realizado por “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desse educando nas classes comuns”
  • A LDB e a Educação Especial

    A efetivação da inclusão, em 1996 se dá com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sendo seu capítulo V dedicado à Educação Especial. O art. de nº 58 desta Lei, “entende se
    por Educação Especial, que deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais, com a lei de nº 12.796/2013 esse público passa a ser denominado de “educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
  • Características da pessoa com TEA

    Percebe-se que sujeitos com traços autistas tendem a se isolar devido a alguma alteração nas interações sociais. Desta forma, ocorre à fuga ou recusa do contato ocular, uma ausência
    de expressão facial, crianças com transtorno do espectro autista não procuram entrar em contato com o outro, não querem chamar atenção e não retém o olhar nesse outro. Não há expressão de prazer e nem interesse do compartilhado. O olhar, dessa forma, parece vazio, distante e alheio
  • Transtorno do Espectro Autista

    O transtorno autista, ocorre antes dos 3 anos de idade. As manifestações do transtorno nos primeiros meses de vida são mais sutis e mais difíceis de serem definidas, tornando-se mais fáceis de serem observadas a partir dos 2 anos para a tomada de um
    diagnóstico mais seguro.
  • DSM-V

    Com o lançamento da 5ª edição do DSM, os subtipos dos transtornos do espectro do autismo são eliminados. Os indivíduos são agora diagnosticados em um único espectro com diferentes níveis de gravidade, passa a abrigar todas as subcategorias em um único diagnóstico denominado Transtorno do Espectro Autista – TEA. A Síndrome de Asperger não é mais considerada uma condição separada e o diagnóstico para autismo.